A Operestiva, empresa para quem trabalham os estivadores do Porto de Setúbal, considera que a proposta do Governo "solucionaria todas as questões suscitadas pelos trabalhadores eventuais".
AOperestiva, empresa para quem trabalham os estivadores doPorto de Setúbalparados desde o início do mês, considera que a proposta doGovernopara reduzir os eventuais naquele porto resolve todas as questões levantadas pelo sindicato.
A empresa diz que a proposta apresentada na segunda-feira peloMinistério do Marpara diminuição do número de trabalhadores eventuais no porto de Setúbal era "razoável" e que, se fosse aceite pelo Sindicato dos Estivadores e da Atividade Logística (SEAL), "solucionaria todas as questões suscitadas pelos trabalhadores eventuais".
A Operestiva afirma que a proposta do Governo apresentada na reunião ocorrida na segunda-feira foi aceite tanto por si como pelos operadores portuários de Setúbal e pelas associações que os representam e lamenta que o SEAL a tenha recusado.
A empresa diz que apresentou igualmente diversas propostas, que foram igualmente recusadas pelo SEAL.
Em comunicado, a empresa acrescenta que a última proposta apresentada à direção do sindicato incluía "a integração com contrato de trabalho de um total de 48 trabalhadores, dos quais 34 na Operestiva (incluindo nestes 34 os atuais 10 que desde o inicio de novembro já celebraram um contrato de trabalho), quatro na Navipor e 10 na Sadoport".
"Relativamente aos trabalhadores a incluir na Operestiva, o Sindicato poderia indicar 25%, sendo que a empresa poderia recusar", explica a empresa, que sublinha que as propostas foram apresentadas "na tentativa de devolver ao Porto de Setúbal a sua operatividade".
A proposta -- segundo a empresa -- englobava igualmente a integração com contrato de trabalho de um total de oito trabalhadores na Setulset, a entrada dos atuais trabalhadores eventuais, que celebrem um contrato de trabalho, para o nível 9 e a colocação de outros trabalhadores no nível VII.
De acordo com a Operestiva, a proposta dependia de duas condições cumulativas: que terminasse de imediato a greve ao trabalho suplementar e a paralisação dos designados "trabalhadores eventuais".
"Esta proposta também foi recusada pela Direcção do Sindicato Seal, que informou que apenas estaria disponível para suspender a greve caso existam negociações relativas ao Porto de Leixões", acrescenta.
No comunicado, a empresa acrescenta que a direção do SEAL "foi alertada que, a sua intransigência, irá conduzir a que o Porto de Setúbal continue totalmente parado, que (já na próxima semana) 70% da carga contentorizada deixe definitivamente de utilizar o Porto de Setúbal e que se a Autoeuropa não conseguir escoar a sua produção, poderá (...) rever a sua decisão de permanência em Setúbal".
A proposta apresentada vigora até às 23:00 de hoje, segundo a Operestiva.
Na segunda-feira, antes do final da reunião, a ministra do Mar, Ana Paula Vitorino, garantiu haver abertura do sindicato, dos operadores e da administração dos portos para resolver o problema da precariedade em Setúbal, embora se mantenha um diferendo quanto aos moldes da negociação.
"Neste momento temos uma vontade e uma abertura para resolver o problema dos precários (...), embora exista uma discrepância entre sindicatos e empresas. Uma parte propõe que sejam 48 novos contratos, da outra parte 30. Julgo que será possível chegar a acordo", disse a governante, antes do final da reunião.
O encontro juntou à mesa o Governo e 13 entidades para discutir a situação laboral dos estivadores eventuais de Setúbal, que não comparecem ao trabalho desde dia 05.
Entretanto, o SEAL convocou para hoje um encontro com os estivadores do porto de Setúbal para analisar a reunião, seguido de uma conferência de imprensa, no antigo Auditório Charlot, em Setúbal.
Proposta do Governo resolve questões levantadas pelo sindicato dos estivadores
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