O protesto, do pessoal docente e não docente e de investigadores, visa reivindicar "um verdadeiro combate à precariedade na ciência e ensino superior", refere uma nota de imprensa divulgada pela Associação de Bolseiros de Investigação Científica (ABIC), que co-organiza a iniciativa a decorrer no exterior do Centro de Congressos.
Entre as reivindicações constam o "cumprimento efectivo" do programa de regularização de vínculos laborais precários no Estado, a contratação de investigadores-doutorados prevista na legislação de estímulo ao emprego científico, o "reforço do investimento" na ciência e no ensino superior e a contratação de leitores das universidades.
Hoje, segundo dia do Ciência 2018, elementos da ABIC tencionam entregar uma carta reivindicativa ao primeiro-ministro, António Costa, que encerra a sessão plenária da manhã, adiantou à Lusa a presidente da associação, Sandra Pereira.
Na segunda-feira, as portas de algumas casas de banho do Centro de Congressos de Lisboa serviram para afixar folhetos a anunciarem as iniciativas dos trabalhadores precários no Ciência 2018, como o protesto de quarta-feira.
Os precários prometem marcar presença nas sessões plenárias encerradas pelo primeiro-ministro hoje e pelo Presidente da República, na quarta-feira.
Os folhetos são assinados por Associação de Bolseiros de Investigação Científica, Sindicato Nacional do Ensino Superior, Federação Nacional dos Professores (Fenprof) e Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais, entre outras entidades.
O encontro Ciência é um evento anual co-organizado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia que reúne investigadores, empresas e políticos em torno da discussão de temas e desafios científicos.