Ministério dos Negócios Estrangeiros e Procuradoria-Geral da República consideram fundamental que a imunidade diplomática dos filhos do embaixador do Iraque seja levantada
O Ministério dos Negócios Estrangeiros insistiu esta quarta-feira na necessidade, de acordo com "elementos adicionais", do levantamento da imunidade diplomática dos filhos do embaixador do Iraque, acusados de terem agredido Rúben Cavaco em Ponte de Sor no Verão passado. Uma ideia igualmente defendida pelo Ministério Público, que também "imprescindível que tal decisão seja concretizada.
Em comunicado, o MNE confirmou que recebeu da Procuradoria-Geral da República elementos adicionais sobre o processo que foram pedidos em 6 de Janeiro."Estes elementos confirmam e reforçam a necessidade de levantamento da imunidade diplomática dos filhos do Embaixador do Iraque, Senhores Haider Saad Ali e Rhida Saad Ali, para que este processo possa prosseguir em Portugal", disse o Ministério liderado por Augusto Santos Silva.
Segundo a nota, os elementos adicionais permitem às autoridades iraquianas "responder final e inequivocamente ao pedido de levantamento da imunidade diplomática apresentado pelas autoridades portuguesas".
Ainda antes deste comunicado, o Ministério Público defendeu "imprescindível o levantamento da imunidade diplomática dos filhos do embaixador do Iraque em Lisboa". A Procuradoria-Geral da República anunciou ainda que foi levantado o segredo de justiça.
Na mesma nota, a PGR, que recordou que está a ser investigado um "crime de natureza pública", disse ainda que foi enviada a certidão do processo ao Ministério dos Negócios Estrangeiros para que essa possa ser "ponderada no âmbito do procedimento diplomático."
Em 17 de Agosto de 2016, em Ponte de Sor, os dois jovens, gémeos, filhos do embaixador do Iraque em Portugal, terão espancado outro jovem, Rúben Cavaco, que sofreu múltiplas fracturas e que chegou a estar em coma induzido.
Até agora, a embaixada do Iraque ainda não respondeu ao pedido de levantamento da imunidade diplomática dos jovens, para que possam ser ouvidos em tribunal sobre o caso.
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