Sábado – Pense por si

Políticos podiam ter offshores à vontade: Banif não os identificava

Fernando Esteves
Fernando Esteves 14 de abril de 2016 às 15:37

Relatório da PWC revela que o Banif não tinha meios para prevenir o branqueamento de capitais e o financiamento do terrorismo

O Banif não tinha implementados sistemas de controlo interno que lhe permitissem identificar políticos seus clientes que estivessem ligados a actividades como o branqueamento de capitais. Isto apesar dos avisos de que foi alvo pelo Banco de Portugal. Para além disso, também não possuía os instrumentos que lhe permitissem identificar e prevenir situações ligadas ao financiamento do terrorismo em todas as suas sucursais e filiais no exterior do país. Quem o garante é a consultora Price Waterhouse Coopers (PWC), que num memorando que consta dos documentos enviados à Comissão Parlamentar de Inquérito à venda do Banif, e a que a SÁBADO teve acesso, traça um quadro negro do sistema de controlo da instituição bancária.

Para continuar a ler
Já tem conta? Faça login

Assinatura Digital SÁBADO GRÁTIS
durante 2 anos, para jovens dos 15 aos 18 anos.

Saber Mais
No país emerso

Por que sou mandatária de Jorge Pinto

Já muito se refletiu sobre a falta de incentivos para “os bons” irem para a política: as horas são longas, a responsabilidade é imensa, o escrutínio é severo e a remuneração está longe de compensar as dores de cabeça. O cenário é bem mais apelativo para os populistas e para os oportunistas, como está à vista de toda a gente.