"Aquilo a que temos assistido nos últimos dias é preocupante; é uma vergonha para a nossa democracia, com dois líderes partidários a acusarem-se mutuamente na praça pública de mentira", disse.
MANUEL FERNANDO ARAUJO/LUSA
O secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, considerou hoje que a direita em Portugal "não é de confiança", classificando como "uma vergonha" que os líderes do PSD e do Chega se acusem mutuamente de mentir.
Falando em Vila Nova de Famalicão, no congresso federativo de Braga do PS, Pedro Nuno defendeu que é preciso clarificar quem está a mentir.
"Aquilo a que temos assistido nos últimos dias é preocupante, digo mais, é uma vergonha para a nossa democracia, com dois líderes partidários a acusarem-se mutuamente na praça pública de mentira", salientou.
Em causa as recentes declarações do líder do partido da extrema-direita, André Ventura, sobre eventuais negociações com o Governo, com cinco reuniões, para um acordo sobre o Orçamento do Estado para 2025, que incluiria uma eventual entrada do Chega para o Governo.
As negociações foram desmentidas pelo primeiro-ministro, que acusou André Ventura de estar a mentir, uma acusação que voltaria a ser retribuída pelo presidente do Chega.
"Não sabemos quem mente, não vamos dirimir essa disputa. Mas para dizer ‘André, nós não confiámos em vocês e, portanto, não vamos negociar convosco’, bastava uma reunião", disse Pedro Nuno.
Para o líder socialista, esta é uma questão que precisa de ser clarificada, para os portugueses ficarem com a certeza de que "a palavra do primeiro-ministro é para levar a sério".
Pedro Nuno Santos diz que direita em Portugal "não é de confiança"
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