No passando, fechar acordos envolveu convívios em casa de Costa, telefonemas entre Marcelo e Guterres e refeições no Tivoli com Manuel Monteiro. E alguma discrição.
Estamos em 1995 e o PS de António Guterres ganhou. Uma maioria relativa confortável, mas a quatro deputados da absoluta. Restava apenas uma dúvida: como aprovar o Orçamento? Ainda antes de chegar ao debate parlamentar, o líder do PSD Fernando Nogueira e o secretário-geral do PCP, Carlos Carvalhas, anunciaram prontamente o voto contra. Era com expectativa que se esperava pela posição do CDS-PP, que ditava o chumbo do Orçamento se também votasse contra. Na altura, Manuel Monteiro, então líder centrista, recebeu um contacto determinante – era Pedro Ferraz da Costa, presidente da Confederação Industrial Portuguesa, com um apelo muito concreto. “Como sabe, não sou do PS, mas queria só dar nota de que para nós, empresários, era muito importante que o Orçamento fosse aprovado. Existe um grau elevado de instabilidade para as empresas”, terá dito o líder da estrutura associativa patronal, segundo relata o próprio líder centrista à SÁBADO. “Manifestei prontamente disponibilidade para conversar com o dr. António Guterres e perceber o que era inegociável para cada parte”, acrescenta.
Os truques para negociar Orçamentos: Jantares, quartos de hotel e discrição
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O humor deve ser provocador, desafiar convenções e questionar poderes. É um pilar saudável da liberdade de expressão. Mas quando deixa de ser crítica legítima e se transforma num ataque reiterado e desproporcional, com efeitos concretos e duradouros na vida das pessoas, deixa de ser humor.
Queria identificar estes textos por aquilo que, nos dias hoje, é uma mistura de radicalização à direita e muita, muita, muita ignorância que acha que tudo é "comunista"
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