Estamos ainda longe do pico, os casos vão continuar a aumentar e pode haver mais períodos de confinamento, defende Constantino Sakellarides, antigo diretor geral de saúde, que critica o plano do Governo e a falta de informação. "A mensagem é: se não nos portarmos bem vamos ser castigados"
“Os políticos não podem dizer o que lhes apetece sem justificação técnica”
O antigo responsável pela Direcção Geral da Saúde (DGS), o médico Constantino Sakellarides, defende que o plano de preparação do Governo para os próximos meses de pandemia "não é bom" e que o Executivo não disponibiliza informação suficiente aos cidadãos. "Na prática, a mensagem é: se não nos portarmos bem vamos ser castigados e fechados em casa. Não é forma de lidar com este assunto", diz à SÁBADO. Num artigo científico que escreveu com Luís Campos, presidente da Comissão de Qualidade da Federação Europeia de Medicina Interna (Os desafios dos hospitais perante a covid-19 e a gripe sazonal) admitem que há o risco de as urgências colapsarem, que os hospitais não podem ser abandonados à sua sorte e que é preciso resolver o problema do défice de profissionais de saúde. E a gripe? "Temos a esperança de que, com aconteceu, este ano no inverno do hemisfério sul, o distanciamento, as máscaras e a higiene das mãos funcionem bem contra a transmissão do vírus da gripe. De qualquer forma, pelo sim, pelo não, devemos seguir as recomendações da DGS e não esquecer a vacina contra a gripe."
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