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Os ex-militares portugueses no “inferno” da Ucrânia

Alexandre R. Malhado
Alexandre R. Malhado 28 de março de 2022 às 08:00

Depois da trágica noite do bombardeamento à base de Yavoriv, cinco dos sete ex-comandos e ex-paraquedistas que foram combater à Ucrânia estão a voltar. À procura de meios, mais portugueses preparam-se para arrancar.

Eram perto das 4h da manhã quando um barulho ensurdecedor rompeu o sono profundo dos voluntários portugueses que se encontravam na base de Yavoriv, na Ucrânia. Saltaram das camas, de boxers e descalços e olharam uns para os outros, confusos, amedrontados pelo ruído cada vez mais intenso. “É um míssil, é um míssil! Fujam!”, iam gritando no meio da agitação, segundo relatos de quem lá esteve. À medida que o bombardeamento atingia a base, localizada a noroeste de Lviv, a apenas 25 quilómetros da fronteira com a Polónia, país membro da NATO, os mais de dois mil voluntários instalados só conseguiam correr para o mais longe possível. “Foi um autêntico inferno, nem sei como sobrevivermos”, contou à SÁBADO o luso-ucraniano Vitaliy Kalynyuk, um dos sobreviventes dessa noite.

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