O bastonário da Ordem, Miguel Guimarães, entende que o SNS tem estado "quase paralisado" e considera até que estará pior do que há 20 anos.
O bastonário da Ordem dos Médicos (OM) acusa os políticos de falta de vontade de resolver os problemas do Serviço Nacional de Saúde e considera que o enfoque na alteração da Lei de Bases serviu para "desviar atenções".
Quando cumpre dois anos de mandato, Miguel Guimarães entende que o SNS tem estado "quase paralisado" e considera até que estará pior do que há 20 anos, destacando que é a evolução da medicina que tem contribuído para "dar um certo equilíbrio" à capacidade de resposta do Serviço Nacional de Saúde.
"Não há vontade de quem está na política de resolver o problema das pessoas que trabalham no SNS nem a capacidade de resposta que os serviços de saúde podem dar aos cidadãos", afirmou aos jornalistas à margem de um encontro onde apresentou propostas da Ordem.
O representante dos Médicos dá o exemplo do enfoque que foi dado à alteração da Lei de Bases da Saúde: "Parece que a Lei de Bases é a salvação do SNS".
"Não há nada na atual Lei de Bases que impeça o Governo de apostar fortemente no SNS e dar aos cidadãos o que eles querem ou que impeça de regularizar as profissionais na área da saúde", argumentou.
Para Miguel Guimarães, "é uma forma de desviar as atenções numa altura em que o SNS enfrenta uma grave deficiência de investimento, ao nível de equipamentos e de capital humano".
Apesar de reconhecer que a Lei de Bases ainda em vigor "pode melhorar", o bastonário que não é essa lei que impede o poder político de reforçar a capacidade do SNS.
Nos seus dois anos de mandato considera que "não houve investimento sério no SNS".
Apesar de o Governo invocar a contratação de mais médicos, o bastonário recorda que o que tem existido é mais clínicos em formação.
"Se não tivéssemos os internos [médicos a fazer formação de especialidade] neste momento, o SNS ruía como um castelo de cartas", alertou.
Lei de Bases da Saúde serviu para "desviar atenções" dos problemas do SNS
Publicamos para si, em três periodos distintos do dia, o melhor da atualidade nacional e internacional. Os artigos das Edições do Dia estão ordenados cronologicamente aqui ,
para que não perca nada do melhor que a SÁBADO prepara para si. Pode também navegar nas edições anteriores, do dia ou da semana. Boas leituras!
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
Para poder votar newste inquérito deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
A condenação do CSMP assenta na ultrapassagem das limitações estatutárias quanto à duração dos mandatos e na ausência de fundamentos objetivos e transparentes nos critérios de avaliação, ferindo princípios essenciais de legalidade e boa administração.
A frustração gera ressentimento que, por sua vez, gera um individualismo que acharíamos extinto após a grande prova de interdependência que foi a pandemia da Covid-19.