A base da organização do socorro, assente no modelo de voluntariado dos bombeiros está "a abrir brechas e apresenta enormes fragilidades", avisa o Observatório Técnico Independente num relatório que avaliou o sistema nacional de proteção civil.
OObservatório Técnico Independentepara osincêndios florestaisrecomenda ao Governo que incentive o voluntariado, um modelo que está "a abrir brechas e apresenta enormes fragilidades", e que classifique a profissão de bombeiros como de risco.
Num relatório hoje divulgado pela Assembleia da República, o Observatório considera que "a base da organização do socorro em Portugal, assente no modelo atual de voluntariado, está a abrir brechas e apresenta enormes fragilidades", com muitos corpos de bombeiros em apuros para dar resposta às emergências.
Salientando que o voluntariado "não está, nem poderia estar em causa", defende que este ainda se pode "revigorar e reinventar", devendo evitar-se "valorizar as qualidades e esquecer os defeitos" de um setor "que se fez a si próprio, por demissão do Estado durante vários anos".
Deve haver "um programa nacional de promoção e incentivo ao voluntariado nos corpos de bombeiros voluntários", profissão que deve ser classificada de risco.
O Observatório recomenda ainda que se atenda à composição dos corpos de bombeiros, em que convivem "sentimentos de associativismo e de puro voluntarismo" com outros de "grande profissionalismo e caráter técnico-profissional".
O Estado e os municípios com corpos de bombeiros próprios precisam de contratos para "apoio ao desenvolvimento e sustentabilidade".
Todo o setor operacional dos bombeiros do continente precisa de uma nova organização da sua estrutura, depois de uma "avaliação independente" do dispositivo atual, envolvendo municípios, a Liga dos Bombeiros Portugueses e sindicatos.
Esta reorganização incluiria o estabelecimento de carreiras, a distinção entre os vários tipos de corpos, modelos de qualificação e recrutamento de comandantes e o levantamento de todos os meios de socorro conforme estão distribuídos no território.
Entre as recomendações do Observatório para um futuro modelo da Autoridade Nacional de Proteção Civil está a criação "do estatuto e carreira profissional dos sapadores florestais", com a possibilidade de financiar a criação de equipas e sapadores em entidades públicas.
As autarquias e comunidades de municípios precisam "dos correspondentes apoios financeiros" para assumirem a tutela de equipas de sapadores florestais, recomenda ainda o grupo.
Em relação às Forças Armadas, e concretamente à Força Aérea, requer-se "renovação e rejuvenescimento" do pessoal com experiência e pensar na quantidade de pessoas envolvidas com as novas competências na utilização dos meios aéreos ao serviço da Autoridade Nacional de Proteção Civil.
Em situações mais graves, é preciso usar mais recursos do Exército "em apoio logístico, tanto aos operacionais como às populações afetadas".
Reforçando recomendações anteriores, o observatório assinala que os limites dos distritos não correspondem, em geral, aos limites das unidades territoriais e defende que todos os agentes da proteção civil devem estar organizados pelo mesmo mapa, adotando quaisquer mudanças futuras em simultâneo.
Em relação à formação propõe "com a maior urgência" a criação de um programa nacional de formação na gestão de fogos rurais, baseado nas universidades, Escola Nacional de Bombeiros e especialistas nacionais e internacionais.
Observatório pede mudanças em voluntariado de bombeiros com "enormes fragilidades"
Publicamos para si, em três periodos distintos do dia, o melhor da atualidade nacional e internacional. Os artigos das Edições do Dia estão ordenados cronologicamente aqui ,
para que não perca nada do melhor que a SÁBADO prepara para si. Pode também navegar nas edições anteriores, do dia ou da semana. Boas leituras!
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
Para poder votar newste inquérito deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
Agora, com os restos de Idan Shtivi, declarado oficialmente morto, o gabinete do ministro Paulo Rangel solidariza-se com o sofrimento do seu pai e da sua mãe, irmãos e tias, e tios. Família. Antes, enquanto nas mãos sangrentas, nem sequer um pio governamental Idan Shtivi mereceu.
Na Europa, a cobertura mediática tende a diluir a emergência climática em notícias episódicas: uma onda de calor aqui, uma cheia ali, registando factos imediatos, sem aprofundar as causas, ou apresentar soluções.
"Representa tudo o que não sei como dividir. As memórias, os rituais diários, as pequenas tradições. Posso dividir móveis e brinquedos, mas como divido os momentos em que penteava o cabelo da Ema todos os dias enquanto ela se olhava no espelho?"
No meio da negritude da actualidade política, económica e social em Portugal e no resto do Mundo, faz bem vislumbrar, mesmo que por curtos instantes, uma luz.