O magistrado Nuno Costa Dias vai decidir as medidas de coação a aplicar aos detidos na operação Influencer.
Diogo Lacerda Machado, Afonso Salema e Vitor Escária vão ser ouvidos este sábado pelo juiz e os procuradores no âmbito da Operação Influencer no Tribunal Central de Instrução Criminal, no Campus de Justiça, em Lisboa. Os três homens estão detidos desde terça-feira no Comando Metropolitano de Lisboa aguardando as medidas de coação. O primeiro a ser ouvido será Salema.
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Pedro Duro, advogado de Afonso Salema, ex-CEO da Start Campus, admitiu que a possibilidade de prisão preventiva "está em cima da mesa". Salema está detido no Comando Metropolitano de Lisboa desde terça-feira e aí vai continuar até serem decretadas as medidas de coação.
Afonso Salema foi um dos arguidos detidos como resultado da Operação Influencer e vai ser ouvido pelo juiz Nuno Dias Costa e os três procuradores do processo no Campus de Justiça, em Lisboa, este sábado.
O advogado de Salema disse aos jornalistas que "não faltam muitas questões" às quais o arguido tenha de responder.
O próximo a ser ouvido será Vitor Escária, ex-chefe do gabinete do primeiro. O advogado de Escária afirmou, à chegada ao Campus de Justiça, que o dinheiro que o ex-chefe de gabinete de Costa tinha no gabinete nada tem a ver com este processo. Tiago Rodrigues Bastos lembrou ainda que se trata de dinheiro e não de "uma substância ilícita", mas que compreende que António Costa tenha "ficado agastado" com a descoberta deste valor no gabinete de Escária.
Tiago Rodrigues Bastos lamentou ainda a demora nos trabalhos, afirmando que o Ministério Público "não fez o seu trabalho", ao não ter entregue as transcrições das escutas do processo à defesa.
Manuel Magalhães e Silva, advogado que representa Diogo Lacerda Machado, disse à chegada ao tribunal que António Costa e Lacerda Machado não falaram desde que este foi detido, na terça-feira.
Nuno Mascarenhas, presidente da Câmara Municipal de Sines, foi ouvido na quinta-feira. O interrogatório do autarca de Sines começou por volta das 19h e terminou perto das 23h30, tendo a sua advogada dito à saída do tribunal que o interrogatório "correu bem, com serenidade" e que Nuno Mascarenhas "prestou os esclarecimentos" perante o juiz de instrução. Na sexta-feira foi a vez do administrador da Start Campus, Rui Neves, ser ouvido.
Segundo a indiciação os procuradores sustentam que os contactos feitos junto do primeiro-ministro por Diogo Lacerda Machado, advogado e seu amigo, e Vítor Escária, agora ex-chefe de Gabinete de António Costa, "visaram e lograram" a aprovação de um diploma "o mais rapidamente possível e com um normativo favorável aos interesses" da Start Campus, sociedade ligada ao projeto Datacenter de Sines e arguida no processo.
O ministro das Infraestruturas, João Galamba, o presidente da Agência Portuguesa do Ambiente, Nuno Lacasta, e o advogado e ex-governante João Tiago Silveira foram constituídos arguidos.
Na investigação aos negócios do lítio, hidrogénio verde e dodata center de Sines podem estar em causa os crimes de prevaricação, corrupção ativa e passiva de titular de cargo político e tráfico de influência.
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