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No adeus a Passos, o que sobra do passismo?

Octávio Lousada Oliveira
Octávio Lousada Oliveira 03 de outubro de 2017 às 19:15

No dia em que o líder confirmou o adeus, fomos perceber por onde andam aqueles que o ajudaram ao longo dos últimos 2749 dias. A conclusão é óbvia: a deserção foi massiva

Está confirmado o cenário que desde domingo quase toda a gente antecipava: Pedro Passos Coelho não se vai recandidatar à presidência do PSD e deixa o caminho aberto para Rui Rio – ou quem mais quiser – avançar para a liderança. Até esta terça-feira, dia em que Passos comunicou à sua Comissão Política Nacional que o desastre nas autárquicas ditava o fim de um ciclo no partido, foram 2749 dias como líder dos sociais-democratas, 1620 dos quais também como primeiro-ministro de Portugal (em dois executivos distintos) - até António Costa, Catarina Martins e Jerónimo de Sousa o terem feito cair do Governo.

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Já muito se refletiu sobre a falta de incentivos para “os bons” irem para a política: as horas são longas, a responsabilidade é imensa, o escrutínio é severo e a remuneração está longe de compensar as dores de cabeça. O cenário é bem mais apelativo para os populistas e para os oportunistas, como está à vista de toda a gente.