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Nível de ameaça a Portugal mantém-se "moderado" após Tancos

"Estão em curso medidas adicionais de reforço da segurança pública", reforçou o ministro dos Negócios Estrangeiros Santos Silva

O nível de ameaça ao país mantém-se "moderado" depois do furto de armas e munições de Tancos, anunciou hoje o ministro Santos Silva, acrescentando que foram tomadas medidas para reforçar a segurança pública.

"O nível de ameaça de Portugal continua a ser um nível moderado. Claro que a avaliação da ameaça faz-se sempre de forma dinâmica e permanente, mas insisto, não temos nenhum elemento que obrigue a alterar o nível de ameaça que está em moderado para o conjunto do país", disse.

O ministro dos Negócios Estrangeiros, que está em funções como primeiro-ministro nas férias de António Costa, falava aos jornalistas no final de uma reunião conduzida pela secretária-geral do Sistema de Segurança Interna para fazer o ponto de situação na sequência do furto de material de guerra.

Na avaliação feita pelas forças e serviços de segurança, concluiu-se que os efeitos do assalto aos Paióis Nacionais de Tancos, Vila Nova da Barquinha, Santarém, "em termos de segurança interna não é de molde a requerer uma mudança do nível de ameaça identificado".

Apesar disso, o ministro acrescentou que "estão em curso medidas adicionais de reforço da segurança pública, de partilha de informações e de coordenação das acções dos diferentes serviços das forças de Segurança".

O objectivo da reunião, que durou duas horas nas instalações do Sistema de Segurança Interna, Lisboa, era "avaliar eventuais efeitos sobre a segurança interna" do furto de material de guerra, disse, manifestando "toda a confiança em todas as instituições, forças e serviços de segurança" que estão a "dar o seu melhor" nas investigações em curso.

Santos Silva sublinhou que tem havido "partilha imediata" de informação entre todos os serviços e "comunicação de dados na "avaliação permanente do risco e da ameaça em termos de segurança interna" e no que diz respeito às acções necessárias para reforçar "a vigilância, fiscalização dos espaços públicos, de pontos mais sensíveis e das fronteiras".

O ministro recusou responder a perguntas sobre as investigações em curso, alegando ser da competência das autoridades judiciais.

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