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Duarte Marques acusa o ministro da Administração Interna "passar a responsabilidade para a CML" e impedir a PSP de agir.
O ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, está a ser ouvido esta quarta-feira ao Parlamento, a pedido do PSD, para responder a perguntas sobre a investigação conduzida pelo Inspeção-Geral da Administração Interna (IGAI) na sequência dos festejos do título do Sporting, decorridos em maio deste ano.
ANTÓNIO PEDRO SANTOS/LUSA
Duarte Marques, deputado do PSD, disse no início da audição que Eduardo Cabrita "lavou as mãos como Pilatos" e que desautorizou a PSP. "A responsabilidade não é só sua, o seu despacho foi uma forma e passar a responsabilidade para a CML e impedir a PSP de agir", acusa.
"A PSP foi desautorizada pelo senhor ministro", sublinha Duarte Marques.
"O facto de vir cá muitas vezes não é sinal de respeito à democracia, o senhor ministro raramente responde (...) não devia ficar orgulhoso de vir cá tantas vezes, é sinal de que é pouco competente", acrescenta.
Para Cabrita, "este é um coelho tirado da cartola" pelo PSD. "Não cabe ao Ministério da Administração Interna organizar o 1º Maio, a Festa do Avante nem a rentrée do PSD", justificou o ministro.
O Bloco de Esquerda questionou "como é que é possível" que tenha sido feito um festejo daquela natureza usando a figura do direito à manifestação. "Como é que não houve uma entidade a determinar a inaplicabilidade daquela situação ao direito à manifestação?", perguntou José Manuel Pureza.
António Filipe, do PCP, afirma que o "PSD parece não compreender" que nos termos da lei não cabe ao poder político proibir o "exercício de direito de manifestação".
Diogo Pacheco de Amorim, do Chega, diz-se "perplexo".
Recorde-se que O PSD requereu em julho a audição parlamentar obrigatória do ministro sobre o inquérito da IGAI relativa aos festejos do Sporting, querendo também explicações do presidente da Câmara de Lisboa, Fernando Medina.
O relatório sobre a atuação da PSP nos festejos do Sporting como campeão nacional de futebol, a 11 de maio, foi apresentado em julho numa conferência de imprensa em que estiveram presentes o ministro Eduardo Cabrita e a inspetora-geral Anabela Cabral Ferreira, tendo sido posteriormente divulgado o documento na página da internet da IGAI.
Questionado sobre as responsabilidades dos festejos, à data, Eduardo Cabrita respondeu que as comunicações sobre manifestações são apresentadas às câmaras municipais, neste caso foi a de Lisboa, não tendo o Ministério da Administração Interna qualquer "competência de proibição de manifestação".
O relatório da IGAI refere que os festejos, nas imediações do estádio e o cortejo até ao Marquês de Pombal, foram subordinados "a um modelo acordado entre o Sporting Clube de Portugal e a Câmara Municipal de Lisboa", não tendo sido aceites as propostas da PSP sobre modelos distintos, designadamente o de celebração inteiramente no interior do estádio.
Apesar de o ministro ter recusado qualquer responsabilidade, uma vez que não cabe ao MAI definir formato dos festejos ou proibir manifestação, o relatório da IGAI revela que Eduardo Cabrita validou na véspera os festejos do Sporting que tinham sido desaconselhados pela PSP, bem como pela Direção-Geral da Saúde (DGS) devido à situação de pandemia e saúde pública.
"Não cabe ao MAI organizar Avante nem rentrée do PSD." Eduardo Cabrita ouvido sobre os festejos do Sporting
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