O caso remonta a 15 de setembro de 2018, quando Abel Fragoso embateu num grupo de seis pessoas numa rua fechada ao trânsito, tendo provocado a morte de Açucena Patrícia, irmã de Yannick Djaló.
O Ministério Público (MP) pediu esta sexta-feira uma pena de 12 anos de prisão para o condutor acusado do atropelamento mortal de uma jovem de 17 anos nasFestas da Moita, em setembro de 2018.
Nas alegações finais do julgamento, que decorre no Tribunal de Almada, no distrito de Setúbal, a procuradora do MP Fernanda Matias defendeu que o arguido seja condenado a 12 anos de prisão por homicídio simples e 11 homicídios na forma simples tentada (tentativas de homicídio), além de uma pena acessória de inibição de conduzir por três anos.
Anteriormente, o MP tinha acusado o Abel Fragoso, de 22 anos, de um crime de homicídio consumado e mais de uma dezena de homicídios na forma tentada, mas a sua idade foi um dos fatores atenuantes.
O caso remonta a 15 de setembro de 2018, quando Abel Fragoso embateu num grupo de seis pessoas numa rua fechada ao trânsito, nas Festas da Nossa Senhora da Boa Viagem, na Moita (Setúbal), tendo provocado a morte de Açucena Patrícia e ferimentos em outras cinco pessoas, que receberam tratamento hospitalar.
Na visão do MP, durante o julgamento resultaram provados "todos os factos da acusação", apesar das diferentes versões apresentadas pelo arguido.
No primeiro interrogatório judicial, o acusado admitiu que perdeu a cabeça depois de ter sido "agredido muitas vezes", contudo, na primeira sessão do julgamento, em 14 de outubro, mudou a sua versão, afirmando que o incidente se deveu à "falta de experiência" porque só tinha carta há dois meses.
"No confronto das três versões a que tem mais credibilidade é a que foi prestada em primeiro interrogatório judicial porque foi a mais espontânea, sem interferência de terceiros e que foi corroborada por todos os elementos de prova", apontou a procuradora.
Para Fernanda Matias, o objetivo de Abel Fragoso era "transformar o crime de homicídio consumado em homicídio negligente", mas, a seu ver, "completamente sem sucesso".
"As declarações que prestou em sede de primeiro interrogatório devem ser valoradas. O arguido disse que por se sentir humilhado e cego foi buscar o carro, admitindo que seria capaz de os atingir se os encontrasse [o grupo com quem esteve envolvido numa briga]. Também sabia que a rua estava vedada ao trânsito e cheia de pessoas", explicou.
Segundo a representante, neste julgamento apenas não ficou provado que o arguido circulava a mais de 50 quilómetros por hora e que Abel Fragoso tinha a intenção de atingir os militares da GNR que asseguravam o patrulhamento naquela noite.
Por outro lado, referiu que o testemunho das várias vítimas neste incidente "corroboram" os factos da acusação, demonstrando de forma "explícita o percurso feito pelo veículo", e também que Abel Fragoso esteve envolvido numa briga momentos antes do atropelamento mortal, na Travessa do Açougue.
A defesa do arguido tinha alegado a existência de areia no pavimento poderia ter causado a perda de controlo da viatura, contudo, segundo a procuradora, "não consta qualquer referência há existência de areia no pavimento".
Já o advogado de Abel Fragoso considerou que "não há uma discrepância assim tão grande entre o interrogatório e o julgamento", até porque o arguido afirmou desde o primeiro momento que "não tinha intenção de atropelar ninguém".
A leitura do acórdão ficou marcada para dia 21 de janeiro, pelas 09:30.
MP pede 12 anos de prisão para acusado de atropelamento mortal nas Festas da Moita
Publicamos para si, em três periodos distintos do dia, o melhor da atualidade nacional e internacional. Os artigos das Edições do Dia estão ordenados cronologicamente aqui ,
para que não perca nada do melhor que a SÁBADO prepara para si. Pode também navegar nas edições anteriores, do dia ou da semana. Boas leituras!
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
Chamar a este projeto de “corredor da paz” enquanto se inscreve o nome de Trump é uma jogada de comunicação que consolida a sua imagem como mediador global da paz.
Cuidarmos de nós não é um luxo ou um capricho. Nem é um assunto que serve apenas para uma próxima publicação numa rede social. É um compromisso com a própria saúde, com a qualidade das nossas relações e com o nosso papel na comunidade.
Imaginemos que Zelensky, entre a espada e a parede, aceitava ceder os territórios a troco de uma ilusão de segurança. Alguém acredita que a Rússia, depois de recompor o seu exército, ficaria saciada com a parcela da Ucrânia que lhe foi servida de bandeja?