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Morte de 'graffiters' na Maia levada a juiz de instrução após MP arquivar o caso

25 de janeiro de 2019 às 14:57
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Foi requerida a abertura de instrução pelos assistentes - familiares diretos das vítimas. Três jovens 'graffiters' morreram em 2015, no apeadeiro da Palmilheira-Águas Santas, na Maia.

Um juiz de instrução vai reanalisar eventuais responsabilidades criminais associadas à morte de três 'graffiters' em 2015, no apeadeiro da Palmilheira-Águas Santas, na Maia, após o Ministério Público ter arquivado o inquérito-crime, segundo a Procuradoria-Geral da República.

Em resposta a um pedido de esclarecimento da agência Lusa, fonte da Procuradoria-Geral indicou que o Ministério Público da Maia proferiu despacho de arquivamento do inquérito em novembro de 2018 e, na sequência dessa decisão, foi requerida a abertura de instrução pelos assistentes - familiares diretos das vítimas.

Os autos foram remetidos a um Juízo de Instrução Criminal "já no decurso do mês de janeiro de 2019", precisou a Procuradoria.

A morte de três jovens, um português e dois espanhóis, ocorreu às 20:30 de 07 dezembro de 2015 no apeadeiro Palmilheira-Aguas Santas, quando estariam a tentar grafitar as carruagens de um comboio que se encontrava ali parado e outra composição se cruzou a quase 120 quilómetros por hora.

Uma versão dos factos, relatada em jornais da altura e levada ao processo pelos pais dos jovens espanhóis, indicava que o revisor do comboio parado teria recorrido a um extintor para afugentar os jovens, que acabaram por cair e por ser atropelados pelo outro comboio.

Três dias depois do sucedido, a Procuradoria-Geral deu nota da instauração do inquérito-crime que seria concluído com despacho de arquivamento, em 07 de novembro de 2018, o que deixou os espanhóis inconformados.

"Vamos reclamar também que se modifique a avaliação da responsabilidade penal, porque as conclusões do Ministério Público contradizem abertamente os testemunhos", disse, citado recentemente pelo jornal espanhol El Mundo, um advogado português que representa os pais dos rapazes espanhóis.

Contactado pela agência Lusa, fonte do escritório de advogados em causa nada mais quis adiantar, referindo apenas que o processo não está terminado.

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