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Montenegro disse que não há mais violência doméstica, mas mais denúncias. Quais são os factos?

Sofia Parissi
Sofia Parissi 27 de novembro de 2024 às 16:34

Os dados revelam uma situação preocupante em 2024. Além disso, "há muitas cifras negras [crimes não relatados]", diz Liliana Rodrigues, investigadora e presidente da UMAR - União de Mulheres Alternativa e Resposta.

"Um dos fenómenos que aconteceu nos últimos anos foi precisamente que muita coisa saiu do armário onde estava escondida. Eu não quero, repito, chocar ninguém, mas tenho consciência de que o aumento a que assistimos em alguns anos [do crime de violência doméstica] não significa um aumento real, significa um aumento de conhecimento". Foram estas as palavras do primeiro-ministro na passada segunda-feira, 25 de novembro, em que atribuiu o aumento dos casos de violência doméstica a um maior número de denúncias, não das práticas criminosas. Mais quais são os factos? "Haver maior visibilidade sobre o fenómeno pode ser um dado, mas os assassinatos aconteceram e aumentaram, neste caso os femicídios", diz à SÁBADO Liliana Rodrigues, investigadora e presidente da UMAR - União de Mulheres Alternativa e Resposta.

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