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Moedas ouviu os cidadãos de Lisboa. E agora?

Margarida Davim
Margarida Davim 25 de maio de 2022 às 14:00

Chama-se "Conselho de Cidadãos", mas não tem o estatuto de um conselho municipal e as propostas que produz não são vinculativas nem há prazos para as pôr em prática. O que acontecerá às ideias que Carlos Moedas ouviu dos lisboetas?

Durante um fim de semana inteiro, 47 cidadãos representativos da população lisboeta reuniram-se para discutir soluções para as alterações climáticas em Lisboa. As reuniões começavam às 9h e só acabavam às 18h e ninguém recebeu sequer senhas de presença para participar. Apesar disso, 52% dos que se inscreveram para ali estar nunca se tinham envolvido em qualquer iniciativa de democracia participativa.

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Já muito se refletiu sobre a falta de incentivos para “os bons” irem para a política: as horas são longas, a responsabilidade é imensa, o escrutínio é severo e a remuneração está longe de compensar as dores de cabeça. O cenário é bem mais apelativo para os populistas e para os oportunistas, como está à vista de toda a gente.

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