O ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, assinalou hoje a chegada da Primavera, em Oliveira do Hospital, confirmando que vão arrancar obras na sede do agrupamento de escolas local num montante superior a um milhão de euros.
A intervenção nos edifícios representa um investimento na ordem de 1,3 milhões de euros, com comparticipação da União Europeia, sendo os restantes encargos financeiros repartidos entre o Ministério da Educação e a Câmara Municipal de Oliveira do Hospital, dona da obra, no distrito de Coimbra.
Tiago Brandão Rodrigues falava aos jornalistas, após ter participado no encerramento da "Festa da Primavera -- AEOH a Florir", promovida pelo Agrupamento de Escolas de Oliveira do Hospital (AEOH).
Após cerca de oito meses de arrastamento do processo, "estão agora reunidas as condições para a Câmara Municipal poder fazer as obras", declarou, realçando que a reabilitação da escola está integrada num conjunto de 230 intervenções em estabelecimentos de ensino de diversas localidades do país, que totalizam investimentos de cerca de 200 milhões de euros.
Com a visita ao concelho, um dos mais afectados pelos incêndios de 15 e 16 de Outubro de 2017, o ministro da Educação associou-se a "uma verdadeira sagração da primavera", um momento que disse ter "um significado muito especial" num agrupamento de escolas que "tem um projecto pedagógico admirado por muitos".
A iniciativa contribui para "uma consciencialização ambiental e ecológica para as novas gerações", acrescentou.
A autarquia de Oliveira do Hospital, presidida por José Carlos Alexandrino, eleito pelo PS, é a responsável pela reabilitação do complexo escolar, que inclui a remoção das placas de amianto da cobertura e intervenções na área da eficiência energética, entre outras.
José Carlos Alexandrino disse que os atrasos na realização da empreitada resultaram do facto de os terrenos não estarem registados em nome do Ministério da Educação, situação agora regularizada que permite o início das obras "dentro de 15 dias", após aprovação da candidatura a fundos europeus, que estava suspensa por esse motivo.
"Temos as condições para ultrapassar os constrangimentos", sublinhou o autarca.
Por sua vez, o director do AEOH, Carlos Carvalheira, afirmou durante a visita que a presença do ministro contribui para a afirmação "da escola pública e inclusiva".
Depois da tragédia de Outubro de 2017, o concelho está a fazer "um esforço imenso para fazer renascer a dinâmica" que teve no passado, frisou Carlos Carvalheira.