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Ministro da Defesa prevê acordo em breve para UE fornecer armas a terceiros

20 de novembro de 2020 às 14:21
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Em causa está o denominado Mecanismo Europeu de Apoio à Paz e a possibilidade de os estados-membros poderem equipar Forças Armadas de outros países.

O ministro da Defesa Nacional anteviu hoje para muito em breve um acordo a 27 para que a União Europeia (UE) possa começar a fornecer armamento letal a países terceiros.

Em declarações à agência Lusa, João Gomes Cravinho resumiu os resultados da reunião do Conselho de Ministros da Defesa da UE, realizada hoje por videoconferência e presidida pelo Alto-Representante da UE para a Política Externa e de Segurança, o catalão Josep Borrell.

"Evoluiu-se. Temos expectativas de que nas próximas duas a três semanas se possa finalizar [o acordo]. Houve avanços muito significativos. Todos, à volta da mesa, indicaram a importância de finalizar este processo. Estamos muito próximos de um acordo sobre isso", afirmou.

Em causa está o denominado Mecanismo Europeu de Apoio à Paz e a possibilidade de os estados-membros poderem equipar Forças Armadas de outros países, além do apoio já prestado em equipamentos e formação.

"Pela primeira vez, a UE elaborou uma análise comum de ameaças, algo em que a Presidência portuguesa [a partir de janeiro] vai trabalhar muito, na chamada "Bússola Estratégica". Trata-se de um documento mais detalhado, muito bom, com o qual todos estão satisfeitos. Dá um rumo à UE na área da Defesa e segurança, muito mais consolidado, claro, consistente e coerente", destacou.

Gomes Cravinho escusou-se contudo a elencar as referidas ameaças, de "natureza sistémica, mas também desafios regionais", por se tratarem de dados "reservados", embora adiantando que os 27 conversaram sobre o norte de África, o Médio Oriente, o leste europeu e a Rússia, entre outros países específicos.

O responsável governamental acrescentou que a UE e a Presidência portuguesa dá "grande importância" futura nova administração norte-americana, liderada pelo democrata Joe Biden, para estabelecer um "diálogo estreito" e fortalecer as relações transatlânticas.

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