Francisca Van Dunem esteve na cerimónia de criação do cardeal em representação do Governo português e destacou a existência de cinco portugueses no Colégio Cardinalício.
A ministra da Justiça portuguesa, Francisca Van Dunem, considerou hoje que Tolentino Mendonça, hoje investido cardeal, é um pensador e um construtor de pontes, e destacou a existência de cinco portugueses no Colégio Cardinalício.
"O cardeal Tolentino Mendonça não é apenas um católico, não é apenas um religioso, é alguém que pensa, é um pensador e é um construtor de pontes, quer do ponto de vista ecuménico, quer do ponto de vista do diálogo inter-religioso", disse aos jornalistas Francisca Van Dunem, no Palácio Apostólico, no Vaticano, após felicitar Tolentino Mendonça.
Para a governante, que hoje esteve na cerimónia de criação do cardeal em representação do Governo português, ao longo de todo o seu trabalho, Tolentino Mendonça, arquivista e bibliotecário do Vaticano, "tem procurado criar pontes, na só nessa perspetiva, como também pontes entre a Igreja Católica e outros mundos".
"Nós precisamos hoje, mais do que nunca, de gente que pensa. Ao pensar, ele obriga-nos a ir atrás dele, a refletir sobre as coisas numa altura em que o mundo se tornou tão instantâneo e em que nós reagimos tanto por impulso que quando o lemos temos tendência a ir atrás dele", continuou, acrescentando: "Acho que pensar é essencial para podemos ter soluções melhores numa altura em que o mundo está tão instável e incerto".
Sobre o facto de passarem a existir cinco portugueses no Colégio Cardinalício, a ministra disse ser "muito importante para Portugal" contar agora com cinco cardeais no Colégio Cardinalício, que tem por missão assistir o papa, referindo que a investidura de Tolentino Mendonça "enche de júbilo" a Igreja e os católicos portugueses, como aqueles que são "amantes da justiça e da paz por este mundo".
Tolentino Mendonça junta-se ao cardeal-patriarca de Lisboa, Manuel Clemente, e ao bispo da Diocese de Leiria-Fátima, António Marto, como cardeais eleitores - e também podem ser eleitos - num futuro conclave para escolher o sucessor de Francisco, de 82 anos.
No Colégio Cardinalício estão mais dois portugueses que, por terem mais de 80 anos, não participam no conclave: Monteiro de Castro, de 81 anos, que foi penitenciário-mor da Santa Sé e teve uma vasta experiência diplomática ao serviço do Vaticano.
Já Saraiva Martins, de 87 anos, foi secretário da Congregação para a Educação Católica e depois prefeito da Congregação para as Causas dos Santos.
Tolentino Mendonça, de 53 anos, foi um dos 13 novos cardeais hoje investidos e que tinham sido anunciados pelo Papa Francisco em 01 de setembro.
Natural de Machico, Madeira, o futuro cardeal, poeta e estudioso da Bíblia, entrou no seminário aos 11 anos. Doutorado em Teologia Bíblica e antigo vice-reitor da UCP, é um nome de destaque da poesia portuguesa contemporânea, tendo já recebido vários prémios.
Ministra da Justiça: "Tolentino Mendonça é um pensador e construtor de pontes"
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