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Ministério Público acusa professor de Direito de sofrer de "delírio intelectual"

Diogo Barreto
Diogo Barreto 05 de fevereiro de 2021 às 07:58

O professor da Faculdade de Direito de Lisboa ilibado num processo de violência doméstica foi suspenso pela instituição. No recurso diz que feministas são genocidas de crianças "por nascer".

O professor de Direito Penal da Faculdade de Direito de Lisboa Francisco Aguilar foi absolvido do crime de violência doméstica pela juíza Joana Ferrer, do Tribunal Local Criminal de Lisboa. A acusação ao professor universitário foi feita por uma aluna, dez anos mais nova, com quem manteve uma relação de cariz amoroso entre os anos de 2015 e 2016 e a quem o professor chegou a "agarrar o pescoço" com a mão e a empurrar. Tribunal afirmou não haver indícios suficientes de violência doméstica e que a mulher também provocava o professor. O Ministério Público recorreu da decisão do tribunal, afirmando que apenas foi ouvida a versão do agressor e que este sofre de um "delírio intelectual" e um "ódio" contra qualquer mulher que se declare como "feminista", razões pelas quais o tribunal não devia decidir apenas baseado no seu testemunho. A advogada da queixosa pede que Francisco Aguilar seja condenado pelo crime de agressão doméstica.

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