Sábado – Pense por si

Medina defende que cidades devem ter "mais competências" em matéria de sustentabilidade

27 de maio de 2019 às 15:23
As mais lidas

Paços do Concelho da Câmara de Lisboa receberam a reunião magna anual da União das Cidades Capitais de Língua Portuguesa (UCCLA).

O presidente da Câmara Municipal de Lisboa,Fernando Medina, sublinhou, esta segunda-feira, a importância de as cidades adquirirem "mais competências" para responder aos desafios da sustentabilidade e dasalterações climáticas.

"Ainda não temos as competências que precisamos de ter, mas, neste momento, estamos a trabalhar para que em áreas centrais do combate às alterações climáticas possamos ter mais instrumentos para agir", disse Fernando Medina.

Os Paços do Concelho da Câmara da capital acolheram hoje a reunião magna anual da União das Cidades Capitais de Língua Portuguesa (UCCLA).

Medina considerou que "as cidades já hoje têm muito peso na resposta que pode ser dada a estes desafios", mas, acrescentou, "é importante que tenham mais", lembrando que há apenas dois anos "aCâmara de Lisboanão tinha competências de fundo na área da mobilidade do transporte coletivo".

"Hoje já tem, porque temos a Carris", sublinhou, lembrando que "está neste momento em curso um processo de passagem de competências do Estado central para os municípios, e fundamentalmente para a Área Metropolitana, em matéria de regulação de transporte coletivo".

O presidente da Câmara de Lisboa abriu os trabalhos da assembleia com um discurso em que sublinhou os desafios da sustentabilidade com que se confrontam "todas as cidades do mundo", nas suas "três vertentes: económica, ambiental e social".

"São os desafios da sustentabilidade nesta tripla dimensão que ocuparão uma boa parte dos trabalhos desta assembleia e do plano de atividades do próximo ano", disse àLusa.

"As cidades têm um peso determinante. Hoje, no planeta, metade da população vive nas cidades. E é um número que não para de crescer. Estima-se que em 2050 cerca de 70% da população mundial viva em cidades. É nas cidades que mais se produz, é nas cidades que mais se consome, é nas cidades que estão os elementos de maior emissão de gases com efeito de estufa, e, por isso, o que se passar nas cidades vai ditar muito da nossa capacidade coletiva de vencer ou perder o desafio das alterações climáticas", afirmou.

A administração da cidade de Lisboa, recordou o seu presidente, tem feito do "enfoque nas políticas de sustentabilidade" a 'matriz-chave' da sua atuação", a começar pelo domínio da mobilidade, e essa orientação valeu-lhe o galardão atribuído em junho do ano passado de Capital Verde Europeia 2020.

"Estamos, neste momento, com um grande programa de mudança no padrão da mobilidade, onde se insere a medida [de redução do preço] dos passes sociais, a renovação da frota da Carris, todo o esforço de qualificação do espaço público para permitir melhor acessibilidade pedonal", e "o próximo ano será aquele em que a cidade irá mostrar com grande força e energia as várias iniciativas que tem e está a mobilizar" no âmbito daquela distinção, disse.

Descubra as
Edições do Dia
Publicamos para si, em três periodos distintos do dia, o melhor da atualidade nacional e internacional. Os artigos das Edições do Dia estão ordenados cronologicamente aqui , para que não perca nada do melhor que a SÁBADO prepara para si. Pode também navegar nas edições anteriores, do dia ou da semana.
Boas leituras!

As 10 lições de Zaluzhny (I)

O poder não se mede em tanques ou mísseis: mede-se em espírito. A reflexão, com a assinatura do general Zaluzhny, tem uma conclusão tremenda: se a paz falhar, apenas aqueles que aprendem rápido sobreviverão. Nós, europeus aliados da Ucrânia, temos de nos apressar: só com um novo plano de mobilidade militar conseguiríamos responder em tempo eficaz a um cenário de uma confrontação direta com a Rússia.

Cuidados intensivos

Loucuras de Verão

Até porque os primeiros impulsos enganam. Que o diga o New York Times, obrigado a fazer uma correcção à foto de uma criança subnutrida nos braços da sua mãe. O nome é Mohammed Zakaria al-Mutawaq e, segundo a errata do jornal, nasceu com problemas neurológicos e musculares.