As duas reuniões estavam previstas para Junho, mas foram adiadas devido aos incêndios que atingiram o centro do país em Junho.
"São adiamentos, com as mesmas agendas", disse Marcelo Rebelo de Sousa a 7 de Julho, descrevendo o que vai ser discutido.
No caso do Conselho Superior de Defesa "são vários temas políticos e militares que estavam já na agenda anterior" e "é essencialmente a situação económica e financeira internacional e nacional, no Conselho de Estado".
Estas duas reuniões acontecem após um período político mais conturbado em que o CDS defendeu a demissão de dois ministros -- da Administração Interna, na sequência dos incêndios de Pedrógão Grande, e da Defesa Nacional, após o furto de armamento do paiol de Tancos, do Exército.
E chegou até a pedir uma audiência ao Presidente da República para abordar o assunto.
No debate sobre o estado da nação, a 12 de Julho, o primeiro-ministro, António Costa, recusou liminarmente a demissão de Constança Urbana de Sousa, com a pasta da Administração Interna, e de Azeredo Lopes, da Defesa.
Desde que Marcelo Rebelo de Sousa tomou posse, em 9 de Março de 2016, realizaram-se já cinco reuniões do Conselho Superior de Defesa Nacional, a primeira logo no mês em que assumiu funções, no dia 24.
Em 2016 houve outras três reuniões, em 12 de Julho, em 6 de Outubro - a bordo do navio-escola "Sagres", na Base Naval de Lisboa - e 6 de Dezembro, no Porto. Este ano, houve uma reunião, no dia 13 de Março.
O Presidente da República reuniu também já cinco vezes Conselho de Estado, o seu órgão político de consulta, em 4 de Abril, 11 de Julho, 29 de Setembro e 20 de Dezembro de 2016 e em 31 de Março deste ano.