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Marcelo define combate aos incêndios como "causa nacional"

26 de agosto de 2017 às 18:58
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O Presidente da República diz que a problemática dos incêndios e as florestas são causas nacionais e que este não é um momento para fazer análises políticas

O Presidente da República disse hoje que a problemática dos incêndios e as florestas são causas nacionais e que este é um momento de congregar esforços para combater os fogos e não para fazer análises políticas.

Marcelo
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Em Oleiros, distrito de Castelo Branco, Marcelo Rebelo de Sousa inteirou-se dos fogos que lavram desde quarta-feira naquele concelho e disse aos jornalistas que o combate está a correr bem e que o "panorama é mais simples" do que nas noites anteriores.

Questionado sobre as responsabilidades políticas nos incêndios que têm atingido Portugal este verão, nomeadamente sobre a responsabilidade da ministra da Administração Interna, Marcelo disse que chegou a hora de virar a página relativamente aos incêndios e que há um tempo em que a prioridade é o combate ao fogo e "não estar a analisar, debater, fazer balanços, comparar com outros anos ou outras situações".

"Estamos mais próximos do fim [da época dos incêndios], mas ainda estamos nesse momento de combate e temos de congregar esforços até ao final", apelou.

Marcelo disse que o Presidente da República deve estar nos locais dos incêndios, "na medida possível", de forma a poder "agradecer aos portugueses e instituições que estão a lutar por uma causa nacional".

"É uma causa nacional, mas tem de ser em todos os períodos do ano, como são as florestas e a criação de condições naturais para preparar o futuro", alertou.

O Presidente da República, que ainda hoje vai estar também no posto de comando de Castelo Branco, disse esperar que este período dos incêndios acabe em "poucos dias" e elogiou a "coragem dos portugueses, que tem sido testada em vários pontos do país".

Ladeado pelo secretário de Estado da Administração Interna, Jorge Gomes, e pelo presidente da Câmara de Oleiros, Fernando Jorge, Marcelo Rebelo de Sousa visitou o posto de comando localizado em Orvalho — localidade onde arderam oito casas — e disse estar mais descansado quanto ao desenrolar do combate a este incêndio específico.

Os dois incêndios que começaram na quarta-feira neste concelho já destruíram mais de 15.000 hectares de floresta, além de terem ferido seis bombeiros.

Às 00:30 de hoje, o combate aos dois incêndios estava a ser feito por 1.082 operacionais, apoiados por 361 viaturas.

As chamas já entraram também no concelho de Castelo Branco e é por esse motivo que Marcelo Rebelo de Sousa ainda se encontra hoje com o presidente daquele município, Luís Correia.

A Protecção Civil está a reforçar os meios terrestres no combate aos dois fogos que lavram no concelho de Oleiros com o objectivo de dominá-los durante a madrugada.

"Estamos a reforçar os meios terrestres para tentar que estes incêndios fiquem dominados pela manhã", disse à agência Lusa o oficial de operações e de emergências da Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC) Carlos Pereira, advogando que "os grandes incêndios tentam-se dominar durante a noite".

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