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Eleições a 30 de janeiro. As reações de todos os partidos

Parlamento será dissolvido até ao final do mês de novembro. Presidente da República diz ser sensato começar a campanha e fazer debates depois do Ano Novo.

Manuel de Almeida/Lusa
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Ao Minuto Atualizado 05 nov 2021
04 nov 2021 04 de novembro de 2021 às 22:22
Lusa

Melo diz que congresso do CDS em novembro dava tempo para preparar eleições

O candidato à liderança do CDS-PP Nuno Melo pediu hoje ao líder que deixe o congresso do partido realizar-se em novembro, defendendo que com legislativas em 30 de janeiro "havia tempo mais do que suficiente" para o preparar.

"Faço um último apelo ao Francisco Rodrigues dos Santos para bem do nosso partido e do país, que tanto precisa de uma alternativa à direita: Ajude a pacificar o CDS da única forma possível. Elejam-se os delegados no próximo fim de semana e realize-se o congresso nas datas agendadas de 27 e 28 de novembro, ou numa data consensual logo após", escreveu o candidato na sua página na rede social Facebook.

O Presidente da República comunicou hoje ao país que decidiu dissolver a Assembleia da República e marcar eleições legislativas antecipadas para 30 de janeiro.

Na ótica de Nuno Melo, "havia tempo mais do que suficiente para, realizando-se o congresso do CDS em 27 e 28 de novembro, discutir ideias, aprovar uma moção de estratégia global, legitimar a direção que os militantes entendessem dever enfrentar essas eleições e preparar uma campanha digna e atempada".

O candidato e eurodeputado criticou também que, "quando se realizarem as eleições legislativas, a atual direção do CDS já não estará em mandato e o partido não terá qualquer estratégia aprovada que legitime a estratégia para as legislativas".

04 nov 2021 04 de novembro de 2021 às 21:37

Rio rejeita comentários sobre Marcelo. "Eu pus um ponto final"

"Eu pus um ponto final ontem ao fim do dia e assim ficamos", afirmou Rui Rio, sobre a escolha de Marcelo das eleições a 30 de janeiro e sobre a hipótese de a data favorecer as eleições diretas no PSD e uma possível mudança de liderança. 

Sobre as declarações de Isabel Meirelles, em como Marcelo tinha "ódio visceral" a Rio, o líder social-democrata considerou que há pessoas que ficaram descontentes no PSD com a situação, mas que o próprio apela à calma. 

Rui Rio não respondeu quando questionado sobre se Marcelo estava a tentar influenciar eleições no PSD. 

04 nov 2021 04 de novembro de 2021 às 21:33

Rui Rio: Marcelo decidiu 30 de janeiro "e não há nada a dizer"

Em entrevista à TVI, Rui Rio recordou ter sugerido 16 de janeiro. "O PR decidiu 30 de janeiro e não há nada a dizer, ponto final parágrafo." O líder do PSD disse que os debates foram uma justificação dada por Marcelo. "Cá estamos." Rio não comenta a escolha da data por Marcelo. 

"A minha pressa [de eleições mais cedo]... A 16 de janeiro, o Governo tem três meses para apresentar OE, com mais dois [para OE ser apreciado] pela AR. O Governo vai tomar posse em fevereiro... Não teremos OE em vigor antes de junho, de certeza, para não dizer antes de julho", afirmou. 

04 nov 2021 04 de novembro de 2021 às 20:46
autor Leonor Riso

PS "tudo fez para evitar esta crise política"

José Luís Carneiro reagiu pelo PS. "O PS tudo tem procurado fazer para dar resposta aos problemas dos portugueses e tudo fez para evitar esta crise política, procurando até ao limite do que considerou ser o interesse nacional um acordo para aprovar o OE."

"Compreendemos e respeitamos decisão do senhor PR. Fizemos esforço imenso para chegar até aqui. Em Portugal e na Europa tivemos que tudo fazer para superar momentos mais críticos da pandemia", adianta. Carneiro destaca apoios e investimentos em várias áreas, no OE. "Procuraremos para que esta situação menos prejudique os portugueses." 

"Apelamos à forte mobilização dos portugueses para esta eleição para garantir segurança e estabilidade, essenciais para recuperação do País", continuou. 

"A data permite que todos possam participar nesta campanha eleitoral", adiantou.

04 nov 2021 04 de novembro de 2021 às 20:37
autor Leonor Riso

CDS-PP garante que Rodrigues dos Santos será candidato

Cecília Anacoreta Correia, do CDS-PP considerou que se vive novo ciclo político para virar página do socialismo. "Mudança virá mais cedo que tarde. Próximas eleições serão a 30 de janeiro e por isso, o CDS depara-se com o desafio da preparação de uma campanha que PS já começou. O adiamento do congresso resulta do facto consumado, porque eleições quer dizer que listas devem estar fechadas em meados de dezembro e todos os nossos recursos têm que estar centrados para oferecer alternativa ao país e equipa para recuperar eleitores que nos abandonaram nas últimas eleições legislativas", afirmou. 

"Não podemos nunca antecipar qual seria decisão do Presidente da República e quer dizer que temos só seis semanas para decidir processo de campanha eleitoral". "Temos que nos concentrar e desenvolver esforços para que de norte a sul do País consigamos chegar aos portugueses e recuperar confiança dos portugueses."

"Francisco Rodrigues dos Santos é o líder do CDS e tem mandato até ao dia das eleições",garantiu.

Mandato mantém-se até ser substituído, não até dia 26 de janeiro como o previsto, considerou porta-voz. "Não fica criado vazio legal" de quatro dias: "fica garantido" até haver congresso, depois das eleições.

04 nov 2021 04 de novembro de 2021 às 20:34
autor Leonor Riso

Verdes consideram que eleições podiam ser mais cedo

"Esperamos que esta preocupação de não termos OE não é assim tão preocupante porque passou as eleições para 30 de janeiro mas esperamos que tudo corra bem, e Os Verdes estão prontos para as eleições. Fizemos esforços para devolver direitos aos portugueses", considerou.

04 nov 2021 04 de novembro de 2021 às 20:33
autor Leonor Riso

PAN pede forte participação eleitoral

Inês Sousa Real, líder do PAN, recordou que quanto à convocação de eleições o partido defendeu que devia ser acautelado que os portugueses tivessem "OE o quando antes" e que devia ser dado tempo ao Parlamento "para concluir processos legislativos da maior importância". "Ainda esta semana tivemos contratos que põem em causa valores ambientais", referindo-se aos contratos acerca da exploração de minerais. 
30 de janeiro "acautela que campanha não colide nem com Natal, nem Ano Novo", e "é importante que todos os partidos possam participar no ato eleitoral", afirmou. Inês Sousa Real pediu ainda uma forte participação eleitoral."

04 nov 2021 04 de novembro de 2021 às 20:29
autor Leonor Riso

Chega: responsáveis por chumbo da OE são quem forma maioria no Parlamento

André Ventura concordou com a data das eleições e considera que Marcelo responsabilizou o PCP e o BE pelo chumbo do Orçamento. "Esteve bem, o Presidente, em chamar os portugueses a votos. Em democracia não se deve ter medo do povo. Estamos mais que preparados para voltar a ouvir os portugueses e a apresentar o nosso projeto para evitar que geringonça volte a ter uma maioria no Parlamento."

04 nov 2021 04 de novembro de 2021 às 20:27
autor Leonor Riso

BE rejeita guerras em torno da data das eleições e nega responsabilidade por crise

Pedro Filipe Soares, líder parlamentar do Bloco de Esquerda, rejeitou guerras pela data escolhida pelo BE. "Não foi pelo BE que houve crise" para rejeitar pagamento de pensões, exemplificou. "Tudo faremos pela garantia da dignidade das pessoas e que haja futuro para o País."

04 nov 2021 04 de novembro de 2021 às 20:24
autor Leonor Riso

Iniciativa Liberal aplaude data escolhida por Marcelo

João Cotrim de Figueiredo destaca que Marcelo escolheu a data proposta pela Iniciativa Liberal. O ato eleitoral "merece campanha esclarecedora, que não é compatível com a quadra festiva."
"Chegada a situação de crise que ninguém desejava, a democracia tem sempre soluções", afirmou. As eleições devem ser encaradas "com solenidade e um sentimento de esperança".

04 nov 2021 04 de novembro de 2021 às 20:22
autor Leonor Riso

PCP: 30 de janeiro "é data incompreensivelmente tardia"

No Parlamento, o deputado comunista António Filipe criticou a data de 30 de janeiro por ser "incompreensivelmente tardia". Marcelo "entra em contradição com declarações em como era preciso clarificar a situação do país o mais depressa possível". "Nestas eleições sao questões de extrema importância para o país, em matéria de salários, serviços públicos" e "problemas nacionais" que "não podem esperar". 

"Não se compreende que as eleições não sejam marcadas para o mais curto prazo possível, que foi proposta pela quase totalidade dos partidos." Para António Filipe, Marcelo pôs à frente dos interesses nacionais a resolução das candidaturas à liderança dos partidos de direita: "dá a ideia", considerou.

04 nov 2021 04 de novembro de 2021 às 20:11
autor Carlos Rodrigues Lima

Marcelo marca eleições para 30 de janeiro de 2022

O Presidente da República marcou eleições para o dia 30 de janeiro de 2022. "Sabemos todos que campanha eleitoral e debates realizados no Natal e ano Novo são a todos títulos indesejáveis", referiu Marcelo Rebelo de Sousa, considerando ainda que o "sensato é aponta para debates e campanha a começar em 2022, mas depois do ano novo".

Marcelo Rebelo de Sousa afirmou que o Orçamento do Estado para 2022, chumbado pelo Parlamento com os votos contra do PSD, CDS, PCP e BE, era "
decisivo para Portugal", porque iria "oincidir com o período irrepetível  de acesso a fundos europeus. Era um Orçamento especialmente importante", frisou o Presidente, recordando que "em devido tempo, tentei dizê-lo aos portugueses". E fez questão de recordar aos partidos em jeito de crítica: "Há 25 anos como líder partidário, tinha viabilizado três orçamentos de que discordava", para que Portugal "não viesse a ficar fora da moeda única".

"A rejeição deixou sozinho a votar o partido do governo". E, considerou o Presidente numa comunicação ao País, partiu a base de apoio do governo. "Foi uma rejeição de fundo, de substância", acrescentou Marcelo Rebelo de Sousa. O "cidadão comum esperava que o Orçamento passasse, já bastava uma crise na saúde, na economia, ja dispensava uma crise política", afirmou ainda.

04 nov 2021 04 de novembro de 2021 às 19:41
Lusa

Albuquerque sem preferências na corrida interna optaria por legislativas em fevereiro

O líder do PSD/Madeira, Miguel Albuquerque, afirmou hoje que não vai apoiar qualquer dos candidatos à liderança dos sociais-democratas para dar liberdade de escolha aos militantes da região.

"Eu como presidente do partido, o secretário-geral do PSD/Madeira [José Prada] e o líder parlamentar [Jaime Filipe Ramos] não vamos apoiar nenhum candidato para manter a liberdade de escolha dos militantes aqui na Madeira e para nós não fragmentarmos nesta eleição interna a unidade do partido", disse Miguel Albuquerque.

O também presidente do Governo Regional da Madeira, de coligação PSD/CDS-PP, falava à margem da apresentação dos novos 15 autocarros turísticos adquiridos pela empresa Horários do Funchal.

O líder dos sociais-democratas na Madeira referiu ainda que não tem opinião sobre se as eleições internas do PSD devem realizar-se antes ou depois das legislativas antecipadas, reforçando não ter "qualquer posição relativamente à disputa que se avizinha".

04 nov 2021 04 de novembro de 2021 às 19:39
Lusa

Marcelo falou sobre "indefinição política" antes de mensagem ao País

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, considerou hoje que se vive "um período de indefinição política" em termos globais e questionou se haverá "ciclos estáveis no futuro próximo".

O chefe de Estado falava na conferência anual da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), no Centro de Congressos de Lisboa.

"Vivemos um período de indefinição política. Teremos ciclos estáveis no futuro próximo?", perguntou, num discurso em inglês, horas antes de falar ao país sobre a dissolução do parlamento e a convocação de eleições antecipadas, na sequência do chumbo do Orçamento do Estado para 2022.

04 nov 2021 04 de novembro de 2021 às 19:36

Confederações patronais admitem regresso à concertação social após reunião com Costa

Os líderes das confederações patronais admitiram hoje, na sequência de uma reunião com o primeiro-ministro, em São Bento, regressar à concertação social, considerando que ficaram esclarecidas questões que motivaram a suspensão da sua participação neste órgão.

Essa posição foi transmitida pelo presidente da Confederação dos Agricultores Portugueses (CAP), Eduardo Oliveira e Sousa, que foi o porta-voz dos "patrões" no final de uma reunião com António Costa, em que também esteve presente a ministra do Trabalho, Ana Mendes Godinho, que durou mais de duas horas.

"Tivemos uma conversa muito produtiva e bastante esclarecedora no sentido da dignificação da própria concertação social. Em breve, será transmitido à comunicação social qual a decisão que será tomada pelas confederações relativamente ao regresso às reuniões da concertação social", declarou Eduardo Oliveira e Sousa.

Os líderes das confederações patronais decidiram suspender a sua participação na concertação social no mês passado, após o Governo ter aprovado em Conselho de Ministros medidas de alteração à legislação laboral, numa fase em que o executivo ainda tentava negociar a viabilização do Orçamento do Estado para 2022 com o Bloco de Esquerda, PCP, PAN e PEV.

04 nov 2021 04 de novembro de 2021 às 19:27
Lusa

As datas defendidas pelos partidos para as eleições

PSD e CDS-PP indicaram preferência por 9 ou 16 de janeiro. O PS, PCP, PEV e Chega preferiram 16 de janeiro e o BE defendeu eleições a partir dessa data. O PAN manifestou-se a favor de uma data entre a segunda quinzena de janeiro e a primeira de fevereiro e Iniciativa Liberal não antes de 30 de janeiro.

04 nov 2021 04 de novembro de 2021 às 19:25
Lusa

Marcelo fala após concordância do Conselho de Estado para dissolver Parlamento

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, vai falar ao país hoje às 20:00 sobre a dissolução do parlamento e a data de eleições legislativas antecipadas, após ter ouvido os partidos e o Conselho de Estado.

Na quarta-feira, o Conselho de Estado "deu parecer favorável à proposta de sua excelência o Presidente da República de dissolução da Assembleia da República", segundo o comunicado divulgado no final da reunião.

Dos partidos representados no Conselho de Estado, apenas PCP e BE tinham manifestado publicamente discordância em relação à opção de dissolver a Assembleia da República e convocar eleições antecipadas na sequência do chumbo do Orçamento do Estado para 202

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Cuidados intensivos

Regresso ao futuro

Imaginemos que Zelensky, entre a espada e a parede, aceitava ceder os territórios a troco de uma ilusão de segurança. Alguém acredita que a Rússia, depois de recompor o seu exército, ficaria saciada com a parcela da Ucrânia que lhe foi servida de bandeja?