O dispositivo de combate ao fogo continua a tentar controlar o fogo, mas "a orografia difícil" e "o muito material combustível", aliados "às elevadas temperaturas" que se fazem sentir na zona, estão a dificultar o trabalho, assumiu uma fonte do Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Faro em declarações à agência Lusa.
As autoridades dizem estar preparadas para actuar caso seja necessário proceder à retirada de alguma população de zonas afectadas pelo incêndio, o que já aconteceu na sexta-feira, em Taipas, e ao início da madrugada deste sábado, em Foz do Carvalhoso, "por precaução".
A principal prioridade dos bombeiros, segundo o comandante distrital de operações de Faro, é "combater o fogo em segurança para populações e combatentes" e há "agentes da GNR, Cruz Vermelha Portuguesa e Protecção Civil Municipal a postos para a eventualidade de ser necessário retirar pessoas de alguma zona".
Vaz Pinto disse que, até ao início da tarde, apenas houve perdas de algumas construções de apoio à actividade agrícola, sem precisar um número, e deu também conta de que os bombeiros que precisaram de atendimento médico durante o dia de sexta-feira "já todos se encontram recuperados".
Às 16h30, integravam o dispositivo de combate ao incêndio 724 operacionais, com o apoio de 193 veículos, uma dezena de máquinas de rasto e dez meios aéreos, segundo a fonte do CDOS de Faro.
O incêndio, que deflagrou cerca das 13h30 de sexta-feira, já consumiu uma área de cerca de mil hectares e há ainda zonas inacessíveis a meios terrestres. Face à dimensão do incêndio, o Plano Municipal de Emergência de Monchique foi activado.
Às 17h45, segundo dados da Protecção Civil, existiam 29 ocorrências em Portugal Continental (9 em curso, 2 em fase de resolução e 18 em fase de conclusão), que envolviam 1675 homens, 450 veículos e 22 meios aéreos de combate aos fogos.