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MAI diz que negociações com bombeiros estão a decorrer "a um bom ritmo"

Lusa 02 de outubro de 2024 às 16:18
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Margarida Blasco recordou que os sapadores "dependem das autarquias" e "não do Estado".

A ministra da Administração Interna mostrou-se esta quarta-feira confiante de que as negociações que estão a decorrer com os bombeiros vão chegar "a um bom termo", mas recordou que os sapadores "dependem das autarquias" e "não do Estado".

TIAGO PETINGA/LUSA

"Os bombeiros sapadores que estão a manifestar-se em frente à Assembleia da República são bombeiros cujo patrão não é Estado, são bombeiros que dependem das autarquias", disse aos jornalistas Margarida Blasco, numa declaração sem direito a perguntas no Palácio de São Bento.

A ministra salientou que as revindicações dos bombeiros sapadores duram "há 22 anos" e "estão a tentar e vão conseguir ter um estatuto do bombeiro".

Margarida Blasco avançou que neste momento estão a decorrer negociações, tendo a última reunião acontecido na última sexta-feira. Segundo a ministra, as negociações "estão a decorrer a um bom ritmo".

"Estão a decorrer várias negociações no sentido de chegarmos a um bom termo, a um bom porto, relativamente ao estatuto dos bombeiros", disse.

A ministra disse ainda que é à mesa negocial que se fazem "estas conversações" e se "fazem os acordos", recordando que este Governo já negociou e chegou a acordo com as forças de segurança, guardas prisionais, Forças Armadas, enfermeiros e oficiais de justiça.

Centenas de bombeirossapadores ocuparam hoje a escadaria da Assembleia da República, num protesto que começou ao meio-dia, com rebentamento de petardos e queima de pneus, e começaram a desmobilizar três horas depois.

Margarida Blasco deixou ainda "uma palavra de apreço" aos elementos da PSP "pela maneira como mantiveram a paz pública em frente a um órgão de soberania".

A manifestação de hoje foi promovida pelo Sindicato Nacional dos Bombeiros Sapadores (SNBS) e envolveu a participação de centenas de bombeiros sapadores de todo o país que reclamam "um aumento salarial para compensar a subida da inflação, idêntico ao que foi dado em 2023 pelo anterior Governo aos polícias, e um subsídio de risco semelhante ao que foi dado às forças de segurança.

Pedem ainda uma regulamentação do horário de trabalho, a reforma aos 50 anos e um regime de avaliação específico.

Ao longo do protesto, os manifestantes derrubaram as barreiras colocadas pela PSP.

Vários deputados associaram-se à luta dos bombeiros sapadores, tendo saído do interior da Assembleia da República e descido a escadaria.

Foi o caso de Mariana Leitão, da Iniciativa Liberal, Alfredo Maia, do PCP, a líder do PAN, Inês Sousa Real, e Fabian Figueiredo, do Bloco de Esquerda, e André Ventura, do Chega.

Dentro do parlamento, também os deputados André Rijo, do PS, Rui Tavares, do Livre, e Hugo Soares, do PSD, prestaram declarações aos jornalistas sobre o assunto.

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