NEWSLETTER EXCLUSIVA PARA ASSINANTES Para que não lhe escape nada, todos os meses o Diretor da SÁBADO faz um resumo sobre o que de melhor aconteceu no mês anterior.
Segundo a CNPD, "este desvio de finalidade, admitido pela lei de protecção de dados, seria porventura justificável por motivos de interesse público importante".
A Comissão de Protecção de Dados considera mais seguro ser a Autoridade Tributária a enviar aos contribuintes a informação sobre a limpeza de terrenos do que fornecer osemailsa outras entidades, mas poderia ter invocado previamente a lei.
Questionada hoje pela agência Lusa sobre se era legal a Autoridade Tributária (AT) usar osemailsdos contribuintes que tem na sua posse para enviar informação que não do foro fiscal, a Comissão Nacional de Protecção de Dados (CNPD) respondeu que a legislação relativa ao Sistema Nacional de Protecção da Floresta contra Incêndios contempla a possibilidade de diversas entidades fiscalizadoras terem acesso a informação na posse da AT.
Contudo, recorda que "a situação de excepcionalidade subjacente a esta norma poderia ter sido invocada previamente junto da CNPD para permitir o envio da mensagem através da AT - o que não sucedeu - a qual não tem atribuições legais nesta área".
Segundo a CNPD, "este desvio de finalidade, admitido pela lei de protecção de dados, seria porventura justificável por motivos de interesse público importante".
Apesar disso, a CNPD defende que, do exclusivo ponto de vista da protecção de dados pessoais, "ser a AT a enviar directamente o email para os proprietários afigura-se, num cenário excepcional, ser mais garantístico do que a AT disponibilizar osemailsde todos os proprietários de imóveis a todas as entidades que passaram a ter legalmente acesso a dados da AT para o envio deste tipo de comunicação".
A AT enviou aos contribuintes esta semanaemailssobre a importância da limpeza de terrenos, com um folheto informativo em anexo e dizendo que esta informação era enviada "em colaboração com o Ministério da Administração Interna e o Ministério da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural".
"Antes que seja tarde, antes que o atinja a si, limpe o mato 50 metros à volta da sua casa e 100 metros nos terrenos à volta da aldeia", refere a informação enviada pela AT.
No email, a AT recorda igualmente que até 15 de Março é obrigatório, entre outras matérias, limpar o mato e cortar árvores "50 Metros à volta das casas, armazéns, oficinas, fábricas ou estaleiros" e "100 Metros nos terrenos à volta das aldeias, parques de campismo, parques industriais, plataformas de logística e aterros sanitários".
Sublinha ainda o email da AT que, se o proprietário não cumprir as regras, "pode ser sujeito a processo de contra-ordenação", recordando que "as coimas podem variar entre 140 a cinco mil euros, no caso de pessoa singular, e de 1.500 a 60 mil euros, no caso de pessoas colectivas".
Limpeza de terrenos: É mais seguro AT enviar email mas CNPD devia ter sido avisada
Publicamos para si, em três periodos distintos do dia, o melhor da atualidade nacional e internacional. Os artigos das Edições do Dia estão ordenados cronologicamente aqui ,
para que não perca nada do melhor que a SÁBADO prepara para si. Pode também navegar nas edições anteriores, do dia ou da semana. Boas leituras!
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
A escola é um espaço seguro, natural e cientificamente fundamentado para um diálogo sobre a sexualidade, a par de outros temas. E isto é especialmente essencial para milhares de jovens, para quem a escola é o sítio onde encontram a única oportunidade para abordarem múltiplos temas de forma construtiva.
O humor deve ser provocador, desafiar convenções e questionar poderes. É um pilar saudável da liberdade de expressão. Mas quando deixa de ser crítica legítima e se transforma num ataque reiterado e desproporcional, com efeitos concretos e duradouros na vida das pessoas, deixa de ser humor.
Até porque os primeiros impulsos enganam. Que o diga o New York Times, obrigado a fazer uma correcção à foto de uma criança subnutrida nos braços da sua mãe. O nome é Mohammed Zakaria al-Mutawaq e, segundo a errata do jornal, nasceu com problemas neurológicos e musculares.