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Lares terão equipas de saúde familiar “enquanto durar” a pandemia da Covid-19

07 de junho de 2020 às 15:32
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Marta Temido não prometeu a inclusão definitiva da rotina, indicando que esta será avaliada "num momento posterior". Só 13 das 300 unidades da rede nacional de cuidados continuados e integrados têm ainda doentes internados positivos.

A ministra da Saúde garantiu hoje que os lares e residências para idosos serão visitados por equipas de saúde familiar "enquanto durar" a pandemia, mas a inclusão definitiva dessa rotina será avaliada "num momento posterior".

Na habitual conferência de imprensa diária sobre a situação de covid-19, Marta Temido recordou que, até à data, "estas estruturas não fazem parte da carteira de serviços das equipas de saúde familiar". Ou seja, a visita dos médicos de família aos idosos institucionalizados "não estava nas rotinas" do sistema.

"Não tivemos, até muito recentemente, a presença de equipas de saúde familiar, dos cuidados de saúde primários, no interior destas instituições, para além da intervenção da saúde pública, nas suas visitas de rotina, normalmente de dois em dois anos", observou.

"Esta foi uma fragilidade que identificámos neste processo e que pretendemos garantir que não sofre um retrocesso", frisou, justificando a referência, no Programa de Estabilização Económica e Social, "à necessidade de manter o apoio" da saúde familiar aos idosos institucionalizados em estruturas residenciais.

"Num momento posterior, teremos que avaliar como é que, com outros mecanismos, designadamente negociação com associações representativas dos trabalhadores, este trabalho adicional é também incorporado", adiantou.

Situação diferente é a dos idosos internados na rede nacional de cuidados continuados e integrados, que têm, por lei, o apoio de profissionais de saúde.

Reconhecendo que houve "momentos de preocupação" nas estruturas residenciais para idosos, a ministra adiantou que das 300 unidades da rede nacional de cuidados continuados e integrados só 13 têm ainda doentes internados positivos, num total de 26 pessoas, e que não há registo de mortes desde 22 de abril.

Portugal contabiliza pelo menos 1.479 mortos associados à covid-19 em 34.693 casos confirmados de infeção, segundo o último boletim da Direção-Geral da Saúde (DGS), divulgado hoje.

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