Secretário-geral do PCP garantiu que o partido vai manter a sua proposta para que os professores recuperem na totalidade o tempo de carreira congelado.
O secretário-geral do PCP,Jerónimo de Sousa, considerou "inaceitável" a posição do primeiro-ministro, que ameaçou demitir-se caso a contabilização de todo o tempo de serviço dosprofessoresseja aprovada em votação final global.
Em Coimbra, no final de um pequeno comício realizado esta sexta-feira, o líder comunista disse que achou "profundamente estranho que o Governo avance com uma pressão inaceitável sobre quem está de acordo com este avanço, que só se entende por mero calculismo político e eleitoral".
"Vamos manter a nossa proposta e o nosso empenhamento para que [a lei] seja aprovada. O nosso compromisso não é com o PS, é com os trabalhadores e com o povo", sublinhou Jerónimo de Sousa aos jornalistas.
Comentando as palavras de António Costasobre o encargo financeiro de algumas centenas de milhões de euros que a medida representa, Jerónimo de Sousa lamentou que o primeiro-ministro "não tivesse a preocupação dos portugueses que têm de pagar, por exemplo, mil milhões de euros que foram atribuídos recentemente ao setor financeiro".
"Dois pesos e duas medidas, mas continuamos a dizer que é possível concretizar esse objetivo, que é preciso andar para a frente e ter em conta a sua justeza", referiu o líder comunista.
Segundo o dirigente, o Governo socialista "fez uma má opção ao não reconhecer justiça a este setor da sociedade portuguesa".
"O Governo está a andar para trás quando devia andar para a frente", frisou Jerónimo de Sousa, considerando que os fundamentos em que o Governo assenta a sua pressão "parte de uma base errada e não rigorosa".
Por fim, o secretário-geral do PCP garantiu que "nada altera" a posição do partido "de continuar a lutar para que [a lei] se concretize ".
"Se tivermos de prestar contas é ao trabalhadores e ao povo e não ao PS", sublinhou.
O primeiro-ministro afirmou hoje que comunicou ao Presidente da República que o se Governo demite caso a contabilização total do tempo de serviço dos professores seja aprovada em votação final global.
"Ao Governo cumpre garantir a confiança dos portugueses nos compromissos que assumimos e a credibilidade externa do país. Nestas condições, entendi ser meu dever de lealdade institucional informar o Presidente da República [Marcelo Rebelo de Sousa] e o presidente da Assembleia da República [Ferro Rodrigues] que, a aprovação em votação final global desta iniciativa parlamentar forçará o Governo a apresentar a sua demissão", declarou.
Esta advertência foi feita por António Costa numa declaração ao país, depois de ter estado reunido cerca de 40 minutos com o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, na sequência da crise política aberta com a aprovação pelo parlamento, apenas com os votos contra do PS, da recuperação do tempo total de serviço dos professores no período em que houve congelamento de progressões.
Jerónimo de Sousa considera decisão de António Costa "inaceitável"
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