André Ventura considerou que Luís Montenegro "não compreende que não pode ter uma ministra que ignora o que está a acontecer e deixa os autarcas sozinhos".
O presidente do Chega, André Ventura, pediu no domingo a demissão da ministra da Administração Interna, Maria Lúcia Amaral, e anunciou que vai chamar o primeiro-ministro, Luís Montenegro, "com urgência à Assembleia da República"
Ventura pede demissão de ministra após incêndios em Portugal MIGUEL A. LOPES/LUSA
"O Chega atingiu o seu limite e o Chega vai chamar à Assembleia da República de urgência e vai pedir ao primeiro--ministro que demita a ministra da Administração Interna", disse o líder do Chega no domingo, em declarações à Sic Notícias.
André Ventura considerou que Luís Montenegro "não compreende que não pode ter uma ministra que ignora o que está a acontecer, deixa os autarcas sozinhos e que pode dizer 'vamos embora', marimbando-se para as questões que lhe estão a fazer sobre o sofrimento das pessoas".
Fazendo referência às declarações no domingo da ministra da Administração Interna na sede da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), André Ventura disse que o "país ficou estupefacto" pelo facto de Maria Lúcia Amaral entender que "não tem de dar esclarecimento nenhum".
"Um país parar para ouvir uma ministra da Administração Interna sobre o que é que tem a dizer, como é que vamos ajudar as pessoas que estão a combater o fogo sozinhas, sem apoio nenhum, e noutros casos bombeiros que estão destacados a combater o incêndio, e a ministra entende que não responde a nada", sublinhou.
O líder do Chega defendeu que o país necessita de uma ministra que "esteja no terreno e ao lado dos operacionais".
Em relação ao apelo do secretário-geral do PS, José Luís Carneiro, para que o primeiro-ministro convoque a Comissão Nacional de Proteção Civil, André Ventura considerou que tal "não vai resolver nada" e que deve ser "um Governo a sério e um primeiro-ministro a sério que vai resolver alguns destes problemas".
A ministra da Administração Interna prorrogou no domingo até às 24:00 de terça-feira a situação de alerta devido ao risco agravado de incêndio.
Durante as suas declarações na sede da ANEPC, a governante recusou responder a questões dos jornalistas e abandonou a sala antes do ponto de situação habitual da Proteção Civil.
Portugal continental tem sido afetado por múltiplos incêndios rurais desde julho, sobretudo nas regiões Norte e Centro, num contexto de temperaturas elevadas que motivou a declaração do estado de alerta desde 02 de agosto.
Os fogos provocaram dois mortos, incluindo um bombeiro, e vários feridos, na maioria sem gravidade, e destruíram total ou parcialmente casas de primeira e segunda habitação, bem como explorações agrícolas e pecuárias e área florestal.
Portugal ativou o Mecanismo Europeu de Proteção Civil, ao abrigo do qual deverão chegar, na segunda-feira, dois aviões Fire Boss para reforço do combate aos incêndios.
Segundo dados oficiais provisórios, até 17 de agosto arderam 172 mil hectares no país, mais do que a área ardida em todo o ano de 2024.
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O Estado português falha. Os sucessivos governos do país, falham (ainda) mais, numa constante abstração e desnorte, alicerçados em estratégias de efeito superficial, improvisando sem planear.
A chave ainda funcionava perfeitamente. Entraram na cozinha onde tinham tomado milhares de pequenos-almoços, onde tinham discutido problemas dos filhos, onde tinham planeado férias que já pareciam de outras vidas.