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Cinco fogos continuavam ativos às 9h

Os incêndios que mais preocupam são do Piódão (que está a atingir a Covilhã), de Poiares de Freixo de Espada à Cinta (Bragança), do Sabugal, distrito da Guarda, do concelho de Tarouca e o do concelho de Mirandela (Bragança).

Cinco incêndios nos distritos de Bragança, Guarda, Castelo Branco e Viseu mantinham-se às 9h desta segunda-feira ativos, sendo o fogo na Covilhã, que começou no Piódão, o que mobilizava mais meios, disse o comandante Miguel Oliveira, da ANEPC.

Bombeiros combatem incêndios em Piódão, Covilhã, Freixo de Espada à Cinta, Sabugal, Tarouca e Mirandela
Bombeiros combatem incêndios em Piódão, Covilhã, Freixo de Espada à Cinta, Sabugal, Tarouca e Mirandela PAULO CUNHA/LUSA

“Neste momento mantêm-se ativos cinco incêndios que suscitam necessariamente mais o reforço de meios. Temos o incêndio de Piódão [que está a atingir a Covilhã] com 369 veículos e 1.104 operacionais e o de Poiares de Freixo de Espada à Cinta [Bragança] que mobiliza atualmente 115 veículos e 342 operacionais”, disse à Lusa o comandante Miguel Oliveira, da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC).

Hoje de manhã continuava também ativo o incêndio na aldeia da Serra, no Sabugal, no distrito da Guarda, que estava a ser combatido por 222 operacionais, com o auxilio de 69 veículos.

No concelho de Tarouca, distrito de Viseu, mantinha-se ativo o fogo na localidade de Vilarinho que mobilizava 207 operacionais, com o apoio de 67 veículos e o de Valverde da Gestosa, no concelho de Mirandela (Bragança) com 119 operacionais, e 40 meios terrestres.

Questionado sobre se há aldeias em risco devido aos incêndios, Miguel Oliveira disse não conseguir confirmar essa situação.

“A situação dos incêndios é muito volátil e essas informações mais finas serão mais fáceis de obter nos postos de comando”, disse.

Quanto ao estado de saúde do bombeiro da Corporação da Covilhã ferido com gravidade no acidente de viação ocorrido naquele concelho com uma viatura operacional, e que causou um morto, Miguel Oliveira disse não ter novos dados.

“Um dos operacionais estava a ser intervencionado cirurgicamente [no domingo à noite], mas não tenho novos dados sobre essa situação”, disse.

Portugal continental tem sido afetado por múltiplos incêndios rurais desde julho, sobretudo nas regiões Norte e Centro, num contexto de temperaturas elevadas que motivou a declaração da situação de alerta desde 02 de agosto.

No domingo, a ministra da Administração Interna, Maria Lúcia Amaral, anunciou que a situação de alerta devido ao risco agravado de incêndio foi prorrogada até às 24:00 de terça-feira.

A situação de alerta, que teve início no dia 02 de agosto, tinha já sido renovada até às 24:00 de domingo, vigorando agora por mais 48 horas.

Os fogos provocaram dois mortos, incluindo um bombeiro, e vários feridos, na maioria sem gravidade, e destruíram total ou parcialmente casas de primeira e segunda habitação, bem como explorações agrícolas e pecuárias e área florestal.

Portugal ativou o Mecanismo Europeu de Proteção Civil, ao abrigo do qual deverão chegar, na segunda-feira, dois aviões Fire Boss para reforço do combate aos incêndios.

Segundo dados oficiais provisórios, até 18 de agosto arderam 185.753 hectares no país, mais do que a área ardida em todo o ano de 2024.

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