A adjunta nacional de operações da Proteção Civil explicou que no local já estão a trabalhar máquinas de rasto e maquinaria pesada para evitar reacendimentos, explicando que existem previsões de vento e que é preciso consolidar a zona.
O incêndio em zona de pinhal em Sesimbra, no distrito de Setúbal, não chegou a colocar habitações em risco nem obrigou as pessoas a abandonarem as zonas de praia, disse o vereador da Protecção Civil. Pelas 18h30, o incêndio tinha duas frentes activas e havia mais de 200 operacionais a combater o fogo, bem como seis meios aéreos.
Em declarações à Lusa, a presidente da Câmara Municipal de Sesimbra, Felícia Costa (CDU), disse: "Os meios continuam a trabalhar no local, com exceção dos meios aéreos, e as chamas já estão praticamente controladas. Existem ainda alguns focos, mas estão a ser apagados pelos bombeiros".
O único ferido do incêndio foi um bombeiro que foi transportado para o hospital, com ferimentos ligeiros num olho e que em breve deverá ter alta.
"Foram colocados meios de defesa na zona do Monte de Aina por precaução. Não temos indicação de casas na zona do incêndio, apesar de existir preocupação também devido ao muito fumo que existe na zona", explicou a responsável da Protecção Civil, Patrícia Gaspar, perto das 18h. "A colocação de meios é uma medida de prevenção, uma vez que as chamas ainda estão um bocadinho longe desta zona do Monte de Aina", acrescentou, referindo que a situação está a evoluir de uma forma favorável, com o apoio dos meios aéreos a ser fundamental.
Em relação à retirada de animais de uma associação que existe no local, e que acolhe várias dezenas de animais, o vereador referiu que foi uma decisão da associação.
"As chamas ainda estão muito longe do canil e até ao momento não havia necessidade de retirar os animais, mas a associação, por sua iniciativa, e bem, decidiu começar a retirar à cautela. Vamos acompanhar e se for necessário, vamos atuar para retirar os animais que ainda estejam no local", explicou.
"O incêndio deflagrou na zona da Lagoa da Estacada, perto do espaço interpretativo de aves. Parecia já estar dominado, mas devido a algumas projecções, voltou a reacender e está mais preocupante nesta altura", disse à Lusa Francisco Luís, vereador da Protecção Civil da Câmara de Sesimbra.
"O incêndio é em zona de pinhal e não existem habitações em risco de momento, mas o vento está a dificultar as operações. Até ao momento não há necessidade de solicitar que as pessoas abandonem os locais de praia, como a Lagoa de Albufeira, mas se houver necessidade vamos actuar", explicou.
O incêndio provoucou o corte da estrada nacional 377, entre o Marco do Grilo e a Lagoa de Albufeira.
"A estrada está cortada. Neste momento, a Protecção Civil Municipal, em colaboração com a Junta de Freguesia do Castelo, está já a fornecer apoio aos meios que estão local, como no caso do fornecimento de águas", referiu Francisco Luís, acrescentando que mais meios vão chegar ao local.
As chamas chegaram a ser combatidas por 219 operacionais, apoiados por 75 meios terrestres e seis meios aéreos.