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Guarda prisional revela: "Apanhei Covid na penitenciária de Lisboa. Peço higiene"

Raquel Lito
Raquel Lito 17 de novembro de 2020 às 07:00

O funcionário lamenta a falta de condições e de equipamentos de proteção individual. Um recluso em quarentena fala de água a escorrer pelas paredes da cela, na mesma cadeia. O telhado tem pombos mortos e dejetos destes. Dirigentes sindicais e associativos pedem medidas.

Apanhei Covid na penitenciária de Lisboa. Pelas minhas contas, o contágio terá acontecido ou no dia 8, quando, à noite, estive a distribuir medicamentos aos infetados na enfermaria; ou no dia 11, durante o rastreio aos 135 reclusos da ala C. Eles saíam das celas, desciam, passavam por mim, confirmava o nome deles, a data de nascimento e entregava-lhes uma etiqueta a ser colocada no tubo de ensaio após a colheita com zaragatoa. Sou guarda prisional no EPL (Estabelecimento Prisional de Lisboa) e na sexta-feira, 13, fui lá de propósito na minha folga para fazer o teste. Sábado soube o resultado, a enfermeira do EPL ligou-me antes do almoço. 

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