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Greve no Metro de Lisboa com adesão elevada leva ao fecho de estações

Trabalhadores protestam contra o congelamento de salários e para reivindicar progressões na carreira. Paralisação irá durar 24 horas.

As estações do Metropolitano de Lisboa (ML) estão encerradas desde quarta-feira à noite devido à greve de 24 horas dos trabalhadores da transportadora, que às 06:30 tinha uma adesão elevada, disse à Lusa fonte sindical.

Greve geral: Metro de Lisboa está parado
Greve geral: Metro de Lisboa está parado Sábado

"As estações estão encerradas desde ontem à noite [quarta-feira] e à semelhança das greves de terça-feira e da semana passada a adesão é elevada e a expectativa é que assim se mantenha até ao fim da paralisação", disse à Lusa Anabela Carvalheira, da Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (FECTRANS).

Os trabalhadores do Metropolitano de Lisboa estão em greve desde a meia-noite, contra o congelamento de salários e para reivindicar progressões na carreira, num protesto que se prolongará por 24 horas.

Segundo a empresa, por causa desta greve "para a generalidade dos trabalhadores", o Metropolitano de Lisboa só deverá reabrir às 06:30 de sexta-feira.

"Caso sejam decretados os serviços mínimos com circulação de comboios", a empresa "avaliará se terá condições operacionais" para reabrir o serviço entre a meia-noite e a 01:00 de sexta-feira, informou o Metropolitano de Lisboa, num comunicado.

Esta é a segunda greve no Metropolitano de Lisboa esta semana, depois de na terça-feira ter havido uma paralisação parcial entre as 05:00 e as 09:30, com a circulação de comboios a começar cerca das 10:00.

Em 26 e 28 de outubro, os trabalhadores do Metropolitano de Lisboa já tinham feito greves parciais semelhantes à de terça-feira, com as estações a manterem-se fechadas até depois das 10:00.

Segundo a empresa, nestas greves parciais, a adesão global ao protesto situou-se entre os 42,62% e os 46,26%, enquanto a federação de sindicatos que representa os trabalhadores (FECTRANS) afirmou que a adesão foi "elevada", sem adiantar números.

Os trabalhadores já tinham feito greves parciais em maio e junho, tendo em conta as mesmas reivindicações apresentadas para a nova paralisação.

Na origem das paralisações está o protesto contra o congelamento salarial e a luta pela aplicação de todos os compromissos assumidos pelo Ministério do Ambiente e da Ação Climática, em que se inclui a prorrogação do Acordo de Empresa, pelo preenchimento imediato do quadro operacional e pelas progressões na carreira.

Na semana passada, a transportadora referiu em comunicado que se encontra "recetiva à discussão das propostas apresentadas pelas entidades sindicais, sendo as mesmas objeto de negociação".

O Metropolitano de Lisboa opera com quatro linhas: Amarela (Rato-Odivelas), Verde (Telheiras-Cais do Sodré), Azul (Reboleira-Santa Apolónia) e Vermelha (Aeroporto-São Sebastião), das 06:30 às 01:00 todos os dias.

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