O sindicato dos clínicos do norte diz que greve no IPO está a obrigar ao adiamento de cirurgias e de centenas de consultas
A greve de dois dias dos médicos do IPO-Porto, que esta quinta-feira começou, está a ser "bastante participada" e a obrigar ao "adiamento de grandes cirurgias e de centenas de consultas", disse fonte sindical à agência Lusa.
"Está a ser uma greve bastante participada, embora ainda seja cedo para termos a visão completa. De qualquer forma, sabemos que várias grandes cirurgias estão a ser e vão ser adiadas, assim como centenas de consultas. Pedimos, desde já, desculpas aos nossos doentes por causa disso, mas estamos a lutar pela segurança deles", afirmou a oncologista Joana Bordalo e Sá, delegada do Sindicato dos Médicos do Norte.
Joana Bordalo e Sá salientou que este protesto, que conta com o apoio da Ordem dos Médicos, tem como "um dos objectivos o cumprimento do descanso obrigatório, após o trabalho nocturno, de acordo com a lei e por indicação do Ministério da Saúde, tendo em vista a segurança dos doentes".
"Eu não vou entrar na guerra de números, para nós isso não é importante, para nós os doentes não são números, são pessoas que merecem ser tratadas com respeito, com dignidade e com segurança e é por isso que estamos a lutar", acrescentou.
A greve decretada pelo Sindicato dos Médicos do Norte (SMN) visa protestar contra a ilegalidade de os médicos "continuarem impedidos de cumprir o descanso compensatório, após o trabalho nocturno".
De acordo com o sindicato, esta situação obriga os clínicos a trabalharem "pelo menos 30 horas seguidas, colocando em risco a saúde e segurança dos doentes oncológicos", mas, em declarações recentes à Lusa, a administração do Instituto de Oncologia do Porto considerou esta paralisação "inoportuna e injustificada".
A organização semanal de trabalho, nomeadamente a atribuição da jornada contínua, "inadequadamente" aplicada na instituição e o alegado "clima persecutório e intimidatório" que se vive no IPO do Porto motivaram também esta paralisação.
A Lusa tentou obter esclarecimentos sobre a adesão à greve junto da Administração do IPO-Porto, mas sem sucesso até ao momento.
Publicamos para si, em três periodos distintos do dia, o melhor da atualidade nacional e internacional. Os artigos das Edições do Dia estão ordenados cronologicamente aqui ,
para que não perca nada do melhor que a SÁBADO prepara para si. Pode também navegar nas edições anteriores, do dia ou da semana. Boas leituras!
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
Para poder votar newste inquérito deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
A condenação do CSMP assenta na ultrapassagem das limitações estatutárias quanto à duração dos mandatos e na ausência de fundamentos objetivos e transparentes nos critérios de avaliação, ferindo princípios essenciais de legalidade e boa administração.
A frustração gera ressentimento que, por sua vez, gera um individualismo que acharíamos extinto após a grande prova de interdependência que foi a pandemia da Covid-19.