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Gomes Cravinho, o diplomata que se orgulha dos militares no estrangeiro

Esta é a segunda vez que exerce funções governamentais. Entre março de 2005 e junho de 2011, foi secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação nos XVII e XVIII Governos Constitucionais, executivos do PS, liderados por José Sócrates.

João Gomes Cravinho, académico e diplomata,vai continuar como ministro da Defesa Nacional, cargo que ocupa há um ano para substituirAzeredo Lopes, e orgulha-se dos militares portugueses no estrangeiro.

João Titterington Gomes Cravinho nasceu em Lisboa em 16 de junho de 1964 e licenciou-se em Relações Internacionais pela London School of Economics do Reino Unido em 1986, onde obteve o título de mestre pela mesma instituição londrina de ensino um ano depois.

O seu doutoramento foi feito na Universidade de Oxford em 1996, com uma tese sobre Moçambique e as ideologias e políticas estatais da FRELIMO, sendo o continente africano um dos temas recorrentes das suas intervenções.

Foi, igualmente, professor de relações internacionais na Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra, e professor convidado no ISCTE e na Faculdade de Direito da Universidade Nova de Lisboa.

Antes de regressar a Lisboa, para ingressar no Governo de António Costa, em outubro de 2018, Gomes Cravinho era embaixador da União Europeia (UE) no Brasil, desde agosto de 2015, tendo desempenhado o mesmo cargo na Índia entre 2011 e 2015.

Esta é a segunda vez que João Gomes Cravinho exerce funções governamentais.

Entre março de 2005 e junho de 2011, foi secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação nos XVII e XVIII Governos Constitucionais, executivos do PS, liderados por José Sócrates.

Foi também observador nas eleições de Angola em 1992 e África do Sul em 1994.

Em 1999, foi relator para o sector judicial, Missão do Banco Mundial em Timor-Leste (Joint Assessment Mission for East Timor) e, no mesmo ano, foi coordenador e membro de uma missão de observadores internacionais à consulta popular em Timor-Leste.

Em 2011, quando foi nomeado para embaixador da UE no Brasil, o ex-secretário de Estado dos Assuntos Europeus, Seixas da Costa, afirmou, no seu blogue "duas ou três coisas", que "há em Portugal poucas pessoas com uma formação académica e uma experiência prática, em matéria de relações internacionais e de políticas de desenvolvimento, que se possam equiparar às de João Gomes Cravinho".

Numa entrevista à TSF, em setembro, João Gomes Cravinho descreveu o que mais valeu a pena ao ser ministro durante o último ano: "O orgulho sistemático que tenho quando visito as nossas forças nacionais destacadas."

E deu sinais de estar disponível para continuar no Governo: "A 06 de outubro temos um momento em que o povo é soberano e dirá de sua justiça. E depois temos outro momento em que o primeiro-ministro é soberano. Do meu lado, tenho total disponibilidade para dar o apoio que puder à solução governativa que eu espero que saia das eleições."

Gomes Cravinho é autor do livro "Visões do Mundo" (2002) e publicou numerosos artigos em revistas especializadas e em jornais sobre temas relacionados com política de defesa, cooperação e relações internacionais.

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