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GNR abre inquérito sobre detenção de homem nas Finanças

O momento em que um polícia à paisana sufoca o homem foi gravado em directo para o Facebook. Veja aqui as imagens

A GNR anunciou que vai abrir um processo de inquérito para averiguar as circunstâncias da detenção de um homem na Repartição de Finanças no Montijo, com a Associação Sócio-Profissional Independente da Guarda a exigir "investigação sem preconceitos". O caso foi tornado público depois do envolvido ter gravado em directo para o Facebook o momento em que um polícia à paisana o sufoca. 

Quando o homem estava a informar que estava na Repartição de Finanças para resolver questões relacionadas com o IRS, pode ver-se um alegado elemento da GNR, que estava à civil, a imobilizar o indivíduo pelo pescoço. 

Pode ver o vídeo aqui com o cidadão brasileiro a ser sufocado pelo militar da GNR. As imagens podem ferir a susceptibilidade dos leitores mais sensíveis :

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"A Guarda Nacional Republicana confirma a detenção de um cidadão que se encontrava com uma atitude imprópria e ofensiva para com os funcionários de uma Repartição de Finanças no Montijo", refere a GNR em comunicado, acrescentando que perante as circunstâncias presenciadas nas imagens difundidas, foi decidido abrir um processo de inquérito.

O objectivo da GNR é "averiguar as circunstâncias da detenção do cidadão, para apuramento de eventuais responsabilidades". 

A Associação Sócio-Profissional Independente da Guarda (ASPIG)) também já se pronunciou sobre o caso, referindo que espera que o mesmo seja investigado. "Esperamos que as alegadas agressões sobre um cidadão brasileiro, por parte de um militar da GNR, na repartição de finanças do Montijo, sejam investigadas sem preconceitos e à luz de uma isenta interpretação da Lei", refere em comunicado enviado à Lusa.

A associação defende que os militares da GNR, em serviço ou à civil, são "obrigados a recorrerem ao uso da força quando se revele legítimo, necessário, adequado e proporcional ao objectivo visado". "A ASPIG espera que o acto alegadamente praticado pelo militar não tenha extravasado os limites legais e que a sua conduta, atendendo à sua determinação em fazer valer os direitos dos cidadãos, mereça, isso sim, público louvor", conclui.

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