Antigo Presidente da República revelou-se "especialmente emocionado" com a morte do amigo de longa data, com quem "há cerca de duas semanas" se deveria ter encontrado num almoço de confraternização.
O ex-Presidente da RepúblicaJorge Sampaiolamentou, esta quinta-feira, a morte deDiogo Freitas do Amaralque recordou como "uma figura determinante do regime democrático português", considerando-o "uma personalidade marcante da história portuguesa contemporânea".
Numa nota enviada à comunicação social, Jorge Sampaio recordou "o colega de faculdade de há mais de meio século, colega de profissão, colega das lides políticas, independentemente das opções e convicções de cada um, o jurista eminente, o professor de referência, o internacionalista convicto, um patriota certo e o amigo de sempre".
Sampaio revelou-se "especialmente emocionado" com a morte do amigo de longa data, com quem "há cerca de duas semanas" se deveria ter encontrado num almoço de confraternização, em testemunho de uma amizade de muitas décadas feita de admiração, respeito e muita estima mútuas".
O fundador do CDS e ex-ministro Diogo Freitas do Amaral morreu hoje, aos 78 anos, disse à agência Lusa fonte da família.
Diogo Pinto Freitas do Amaral, professor universitário, nasceu na Póvoa de Varzim em 21 de julho de 1941. Foi líder do CDS, partido que ajudou a fundar em 19 de julho de 1974, vice-primeiro-ministro e ministro em vários governos.
Freitas do Amaral, que estava internado desde 16 de setembro, fez parte de governos da Aliança Democrática (AD), entre 1979 e 1983, e mais tarde do PS, entre 2005 e 2006, após ter saído do CDS em 1992.
No final de junho deste ano, Freitas do Amaral lançou o seu terceiro livro de memórias políticas, intitulado "Mais 35 anos de democracia - um percurso singular", que abrange o período entre 1982 e 2017, editado pela Bertrand.
Nessa ocasião, em que contou com a presença do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, o primeiro líder do CDS e candidato nas presidenciais de 1986 -- que perdeu para Mário Soares - recordou o seu "percurso singular" de intervenção política, afirmando que acentuou valores ora de direita ora de esquerda, face às conjunturas, mas sempre "no quadro amplo" da democracia-cristã.
Líder do CDS, primeiro-ministro interino, ministro em governos à esquerda e à direita, presidente da Assembleia-Geral da ONU, disse em entrevista à agência Lusa quando já se encontrava doente, em junho de 2019, que sofreu "um bocado" com a derrota nas presidenciais de 1986, embora tenha conseguido dar a volta, com "uma carreira de um tipo diferente" e partir para "uma série de pequenas vitórias".
Freitas do Amaral: Jorge Sampaio recorda figura determinante do regime democrático
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