Fernando Negrão começou por acusar o Governo de continuar a falhar na resposta aos problemas causados pelos incêndios de 2017, nomeadamente na reconstrução das casas.
O líder parlamentar do PSD, Fernando Negrão, acusou hoje António Costa de "não ser primeiro-ministro para o povo", num debate em que ambos trocaram acusações a propósito dos incêndios e da barragem do Fridão.
No debate quinzenal, Fernando Negrão começou por acusar o Governo de continuar a falhar na resposta aos problemas causados pelos incêndios de 2017, nomeadamente na reconstrução das casas e na resposta aos apoios pedidos pelas populações.
A este propósito, Costa aconselhou o líder parlamentar social-democrata a falar com os presidentes de Câmara do PSD das zonas afetadas, já que, aparentemente, não confia na sua palavra.
"Será muito útil para a sua cultura geral e assim verá que eu não minto e falo verdade", disse, recebendo um grande aplauso da bancada do PS.
Sobre outro tema, Negrão questionou Costa se pode garantir que, na sequência da decisão de não construção da barragem do Fridão, os portugueses não poderão vir a ter de pagar à EDP 218 milhões de euros a título de indemnização.
"Estou quase comovido com a preocupação como exerce a advocacia 'pro bono' para proteger a EDP", ironizou Costa, dizendo que a empresa manifestou "por escrito" o seu desinteresse em prosseguir com a construção da barragem, pelo que o Estado entende que não haverá direito a qualquer pagamento, mas ressalvando que a EDP poderá recorrer aos tribunais se o entender.
Na resposta, Fernando Negrão fez questão de responder quer ao 'conselho', quer à ironia do primeiro-ministro.
"Vexa. não tem nada a ver com quem eu falo, se eu falo com presidentes câmara do PSD, o senhor só fala com presidentes de Câmara do PS, eu falo com toda a gente (...) Eu sou advogado, mas enquanto deputado sou advogado do povo, o senhor está-se a rir porque não é primeiro-ministro para o povo", afirmou, criticando Costa por ter "regressado às insinuações".
O primeiro-ministro ripostou que, na reunião de segunda-feira que teve com sete autarcas das zonas afetadas pelos incêndios, "quatro não são do PS".
"Ou pelo menos não eram até o ouvir há bocadinho", afirmou.
Depois de Negrão dizer que ainda havia 30% das casas afetadas pelos incêndios na zona centro por reconstruir, Costa fez outro balanço relativo ao incêndio de Pedrógão Grande, dizendo que foram reconstruídas 90% das casas.
Sobre vários pedidos de apoios não concedidos a que Negrão se referiu, António Costa disse tratar-se de casas erguidas em locais onde, quer para segurança dos próprios quer devido aos planos de ordenamento do território, estas não poderiam ser aí reconstruídas, havendo mecanismos que preveem a relocalização no mesmo ou noutro concelho.
"Fica claro que estas pessoas não deixarão de ter apoio do Estado. É bom que assim seja e seja cumprida a sua palavra", alertou Negrão.
Fernando Negrão acusa Costa de "não ser primeiro-ministro para o povo"
Publicamos para si, em três periodos distintos do dia, o melhor da atualidade nacional e internacional. Os artigos das Edições do Dia estão ordenados cronologicamente aqui ,
para que não perca nada do melhor que a SÁBADO prepara para si. Pode também navegar nas edições anteriores, do dia ou da semana. Boas leituras!
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
Para poder votar newste inquérito deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
Esta semana, a Rússia apresentou o seu primeiro robô humanoide. Hesitamos entre pensar se aquilo que vimos é puro humor ou tragédia absoluta. É do domínio do absurdo, parece-me, querer construir uma máquina antropomórfica para esta fazer algo que biliões de humanos fazem um bilião de vezes melhor.
A resposta das responsáveis escola é chocante. No momento em que soube que o seu filho sofrera uma amputação das pontas dos dedos da mão, esta mãe foi forçado a ler a seguinte justificação: “O sangue foi limpo para os outros meninos não andarem a pisar nem ficarem impressionados, e não foi tanto sangue assim".
Com a fuga de Angola, há 50 anos, muitos portugueses voltaram para cá. Mas também houve quem preferisse começar uma nova vida noutros países, do Canadá à Austrália. E ainda: conversa com o chef José Avillez; reportagem numa fábrica de oxigénio.