Manuel Heitor admitiu que decisão de manter abertas 215 vagas demonstra que as universidades não querem abrir a oferta e que está na altura de disponibilizar o ensino desta área noutras instituições, públicas ou privadas.
O ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (MCTES) considera que a manutenção das vagas para os cursos de Medicina torna clara a necessidade disponibilizar o ensino desta área noutras instituições, públicas ou privadas.
A Direção-Geral do Ensino Superior divulgou hoje os dados do concurso nacional de acesso ao ensino superior público de 2020-2021, que confirmam a decisão já anunciada pelas universidades em manter o mesmo número de vagas, apesar da possibilidade de aumento.
Apesar de respeitar a posição das instituições e também a sua autonomia, Manuel Heitor admitiu, em declarações à Lusa, que esta decisão demonstra que as universidades não querem abrir a oferta e que isso deve ser feito por outras vias.
"Isto é uma mensagem claríssima que a abertura e a diversificação do ensino da Medicina deve ser feita através de novas ofertas por outras instituições, públicas e privadas", disse o governante, dando o exemplo das universidades de Aveiro e Évora, que não dispõe deste curso, ou da Universidade Católica Portuguesa, que tem submetido pedidos de acreditação nesse sentido.
Este ano, o Governo abriu às faculdades de Medicina a possibilidade de aumentarem o número de vagas no ano letivo 2020-2021.
No ano anterior, os cursos de Medicina ficaram excluídos das novas orientações para abertura e fecho de vagas, mantendo-se o mesmo 'numerus clausus', mas o despacho para o próximo ano letivo, publicado em meados de junho, autorizava as instituições a aumentarem o número de vagas até 15% e estabelecia uma obrigação de assegurar, no mínimo, a manutenção dos mesmos lugares.
Entre as nove instituições com cursos de Medicina em Portugal, só a Universidade dos Açores optou por disponibilizar mais vagas no próximo ano, aumentando de 38 para 44 o número de lugares.
Apesar de discordar da decisão das restantes universidades, Manuel Heitor reconheceu que abre a porta a uma oportunidade para discutir o alargamento desta área de estudos a outras instituições de ensino superior.
"Temos de, gradualmente, ir garantindo a capacitação de outras instituições para abrirmos mais o ensino da Medicina, assim como reforçar as outras áreas da saúde naquilo que é o contexto da necessidade de abrir o ensino superior e ir dando mais oportunidades aos portugueses para se formarem nas mais variadas áreas", concluiu o ministro.
No próximo ano letivo, serão disponibilizadas 52.129 vagas, mais 561 do que no ano anterior, 1.523 das quais em cursos de Medicina.
Faculdades de Medicina mantêm vagas mas ministro quer mais oferta
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