O líder parlamentar centrista, Telmo Correia, afirmou que a extinção ou remodelação do SEF, possibilidade noticiada este fim de semana, "é algo que não faz nenhum sentido".
O CDS-PP considerou hoje que a eventual extinção do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) é uma tática do Governo para não responsabilizar politicamente o ministro da Administração Interna no caso da morte de um cidadão ucraniano.
Em declarações à Lusa, o líder parlamentar centrista, Telmo Correia, afirmou que a extinção ou remodelação do SEF, possibilidade noticiada este fim de semana, "é algo que não faz nenhum sentido".
"Quando há um problema numa instituição, como foi a prática de um crime horrendo, acaba-se com a instituição", questionou Telmo Correia, que depois deu a resposta de que, neste caso, "tem de aplicar a justiça" e proceder a mudanças.
O semanário Expresso noticiou que as competências do SEF podem ir a para a PJ e GNR, enquanto o Observador afirmou que uma das hipóteses seria o serviço transformar-se numa entidade meramente administrativa para concessão de vistos, autorizações de residência e asilo.
Tudo isto, na leitura do dirigente centrista, pode ser uma estratégia de "empurrar para a frente".
"Tudo isto é feito porque a alternativa óbvia e evidente é responsabilizar o ministro [da Administração Interna] e tirar daí a consequência", disse Telmo Correia, referindo-se implicitamente à demissão Eduardo Cabrita.
Depois, o deputado do CDS anotou ainda tratar-se de "uma questão de estilo" da parte do executivo do PS, liderado por António Costa, que é "fazer anúncios".
"Há um problema grave, percebe-se que durante meses nada foi feito. Agora, em situação de pânico, faz-se uma série de anúncios", afirmou.
Outro problema possível quanto à hipótese de transferir as competências do SEF para a PSP e a GNR é que, argumentou, estas duas polícias têm, já hoje, dificuldades.
A morte do ucraniano Ihor Homenyuk levou à acusação de três inspetores do SEF por homicídio qualificado, que estão em prisão domiciliária e cujo julgamento está previsto começar em 20 de janeiro de 2021, no tribunal criminal de Lisboa.
O caso de Homenyuk levou também à demissão do diretor e do subdiretor de Fronteiras do aeroporto de Lisboa e também à instauração de 12 processos disciplinares a inspetores do SEF.
Pelo menos Bloco de Esquerda, de forma direta, e CDS, indiretamente, já defenderam a demissão do ministro da Administração Interna, mas o primeiro-ministro, António Costa, disse que mantém "total confiança" em Eduardo Cabrita.
Extinção do SEF é tática para proteger Eduardo Cabrita, denuncia CDS
Publicamos para si, em três periodos distintos do dia, o melhor da atualidade nacional e internacional. Os artigos das Edições do Dia estão ordenados cronologicamente aqui ,
para que não perca nada do melhor que a SÁBADO prepara para si. Pode também navegar nas edições anteriores, do dia ou da semana. Boas leituras!
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
A escola é um espaço seguro, natural e cientificamente fundamentado para um diálogo sobre a sexualidade, a par de outros temas. E isto é especialmente essencial para milhares de jovens, para quem a escola é o sítio onde encontram a única oportunidade para abordarem múltiplos temas de forma construtiva.
O humor deve ser provocador, desafiar convenções e questionar poderes. É um pilar saudável da liberdade de expressão. Mas quando deixa de ser crítica legítima e se transforma num ataque reiterado e desproporcional, com efeitos concretos e duradouros na vida das pessoas, deixa de ser humor.
Queria identificar estes textos por aquilo que, nos dias hoje, é uma mistura de radicalização à direita e muita, muita, muita ignorância que acha que tudo é "comunista"