Os alunos do ensino superior assinalam hoje o Dia Nacional do Estudante com a entrega de um guia de boas práticas para prevenir o abandono escolar à secretária de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior
As federações académicas lamentam que os dois últimos executivos não tenham dado ainda cumprimento a uma resolução da Assembleia da República de 2013, que recomendava a publicação anual dos dados relativos ao abandono escolar no ensino superior.
Os dados mais actualizados de que as federações académicas dispõem remetem para os alunos que se matricularam no 1.º ano dos cursos pela primeira vez em 2011-2012: 12% desses estudantes não renovou matrícula no ano seguinte.
Em declarações à Lusa, o presidente da Federação Académica do Porto (FAP), Daniel Freitas, explicou que o pequeno guia que será entregue à tutela, na reunião que hoje decorre no Palácio das Laranjeiras, reúne um conjunto de boas práticas, algumas das quais já são implementadas em algumas instituições.
No ensino superior há estudantes a perder bolsas de estudo, e a abandonar os cursos, por desconhecerem regras como a necessidade de concluírem 60% do currículo do ano lectivo para manterem o apoio no ano seguinte, referiu Daniel Freitas.
Ter os serviços académicos, e as instituições, de uma forma geral, mais atentos ao percurso académico dos alunos, monitorizando presenças, avaliações realizadas, cadeiras em atraso, numa perspectiva de acompanhamento e sem "qualquer carácter inquisitório", pode permitir detectar situações de risco de abandono escolar e permitir prevenir esses casos, disse à Lusa o presidente da Federação Académica do Porto (FAP), Daniel Freitas.
Segundo o responsável associativo existem muitos casos de alunos que, por desconhecimento de regulamentos, se colocam numa situação em que deixam de ser elegíveis à renovação de uma bolsa de acção social escolar, e que há serviços académicos a pedir ajuda às associações para divulgar esse tipo de informação junto dos estudantes.
Pedem, por exemplo, a um aluno que tenha disciplinas em atraso, para não se inscrever em mais cadeiras do que aquelas que compõem o ano lectivo, para não aumentar o risco de chegar ao fim do ano sem conseguir cumprir a regra que obriga a concluir com aproveitamento 60% das cadeiras em que se matriculou -- mesmo que isso signifique levar mais tempo para concluir o curso.
Admitindo que este tipo de acompanhamento é mais fácil em escolas pequenas do que em grandes universidades, Daniel Freitas deu outro exemplo de boas práticas, que passa por ter um colega mais velho, um funcionário ou até um professor como tutor, permitindo um acompanhamento individual de um estudante com dificuldades.
Estudantes entregam ao Governo guia contra abandono escolar
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