NEWSLETTER EXCLUSIVA PARA ASSINANTES Novidades com vantagens exclusivas: descontos e ofertas em produtos e serviços; divulgação de conteúdos exclusivos e comunicação de novas funcionalidades. (Enviada mensalmente)
A recandidata à liderança do Departamento das Mulheres Socialistas defendeu que aquele organismo deve ser autónomo dentro do PS, com uma "base concelhia".
A recandidata à liderança do Departamento das Mulheres Socialistas Elza Pais defendeu que aquele organismo deve ser autónomo dentro do PS, com uma "base concelhia", e apresentou a "partilha absoluta das licenças de parentalidade" como proposta prioritária.
"Sem conquistarmos essa partilha absoluta das licenças de parentalidade, tudo o resto fragiliza a participação das mulheres em termos profissionais, nomeadamente, das lideranças", defendeu Elza Pais em entrevista à Lusa.
Sem concorrência anunciada, a deputada socialista, antiga secretária de Estado da Igualdade, apresenta hoje a sua recandidatura à liderança do Departamento das Mulheres Socialistas com um programa que defende a refundação daquele órgão, que inclusivamente deverá mudar de nome, abrindo-o à participação dos homens, bem como novas prioridades nacionais para a agenda da igualdade.
Uma dessas prioridades é a partilha das licenças de parentalidade entre homens e mulheres, uma medida que Elza Pais prevê ser polémica e possa não avançar imediatamente: "Cabe ao departamento propor, mesmo antes de se poder concretizar. Temos de andar à frente do próprio partido em alguns domínios".
"Não é por falta de qualificações que as mulheres não estão na decisão, é por obstáculos, dificuldades de conciliação entre a vida profissional, familiar e pessoal, que está sobretudo a cargo da mulher", sustenta, para explicar o objectivo pretendido com a partilha das licenças.
Apesar de os homens serem "cada vez implicados" nessa conciliação, sobretudo desde a alteração do Código do Trabalho de 2009, Elza Pais considera que é preciso ir mais longe.
"Não queremos mais tempo [de licença], queremos tempo igualmente partilhado. Vai dar uma grande discussão, mas estamos cá para esse desafio. Seguramente, não pode ser concretizado de imediato, até porque pode implicar custos e encargos financeiros. A nossa meta é essa, uma partilha absoluta. Queremos que se alcance se não for para o ano, que seja daqui a dois, a três, quando quer que seja", argumenta.
A nível interno, a recandidatura de Elza Pais avança com uma proposta, que será sufragada no Congresso do PS, que decorre entre 25 e 27 de maio, na Batalha, para que a organização que substituir o Departamento Nacional das Mulheres Socialistas seja autónoma, ganhe capacidade de autorregulação e "base concelhia".
Abrir a organização à participação dos homens é outra das alterações propostas para a organização, cujo novo nome deverá contemplar a igualdade e os direitos das mulheres, mas que ainda não está fechado.
"Nós não queremos inerências, queremos presenças efectivas não só nas federações, mas nas concelhias. É uma mudança que penso incontornável e também sei, por todo o histórico do PS, que é uma mudança que, seguramente, vai angariar a máxima simpatia e acolhimento por parte da sua direcção nacional", defendeu.
Elza Pais afirma que os 40% de equilíbrio de género da nova lei da paridade serão seguramente adoptados dentro do PS, mas argumenta que tal não é suficiente: "Já há uma conquista muito grande relativamente à presença das mulheres. Sim, mas nós, além do equilíbrio, queremos mesmo a decisão política. Não basta estar, é preciso estar com capacidade de decidir".
Sublinhando o enquadramento da agenda da ONU para a igualdade de género, Elza Pais considera que a actual governação tem proporcionado alterações significativas, que começaram com três medidas no início da legislatura a que se juntou a recente aprovação, na generalidade, das quotas de 40% nas listas eleitorais.
"Nunca se fez tanto pelas políticas de igualdade como nesta governação", defendeu, apontando as medidas aprovadas pela maioria de esquerda logo após a posse do Governo: "acesso de todas as mulheres às técnicas de procriação medicamente assistida, sem qualquer restrição, reversão dos retrocessos à lei da Interrupção Voluntária da Gravidez, e a adopção por casais do mesmo sexo".
A presidente do Departamento Nacional das Mulheres Socialistas é eleita em simultâneo com a eleição directa do secretário-geral do PS, marcadas para 11 e 12 de Maio. A apresentação de candidaturas termina esta quinta-feira.
Elza Pais defende "partilha absoluta das licenças de parentalidade"
Publicamos para si, em três periodos distintos do dia, o melhor da atualidade nacional e internacional. Os artigos das Edições do Dia estão ordenados cronologicamente aqui ,
para que não perca nada do melhor que a SÁBADO prepara para si. Pode também navegar nas edições anteriores, do dia ou da semana. Boas leituras!
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
O humor deve ser provocador, desafiar convenções e questionar poderes. É um pilar saudável da liberdade de expressão. Mas quando deixa de ser crítica legítima e se transforma num ataque reiterado e desproporcional, com efeitos concretos e duradouros na vida das pessoas, deixa de ser humor.
O poder não se mede em tanques ou mísseis: mede-se em espírito. A reflexão, com a assinatura do general Zaluzhny, tem uma conclusão tremenda: se a paz falhar, apenas aqueles que aprendem rápido sobreviverão. Nós, europeus aliados da Ucrânia, temos de nos apressar: só com um novo plano de mobilidade militar conseguiríamos responder em tempo eficaz a um cenário de uma confrontação direta com a Rússia.
Até porque os primeiros impulsos enganam. Que o diga o New York Times, obrigado a fazer uma correcção à foto de uma criança subnutrida nos braços da sua mãe. O nome é Mohammed Zakaria al-Mutawaq e, segundo a errata do jornal, nasceu com problemas neurológicos e musculares.