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Donos de jornais de 59 países debatem em Portugal estado do sector

02 de junho de 2018 às 12:10
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World News Media Congress, o congresso mundial de jornalismo, vai decorrer, pela primeira vez, em Portugal, no centro de congressos do Estoril.

Quase 700 participantes de 59 países, a maioria donos de jornais e de outros meios, vão estar reunidos no Estoril na próxima semana para debater o estado do sector, com temas como notícias falsas ou modelos de negócio.

Em causa está o World News Media Congress, congresso mundial de jornalismo que vai decorrer, pela primeira vez, em Portugal, no centro de congressos do Estoril, entre quarta-feira e sexta-feira, promovido pela World Association of Newspapers and News Publishers (WAN-IFRA) em conjunto com a Associação Portuguesa de Imprensa (API).

Em declarações à agência Lusa, o presidente da API, João Palmeiro, disse que "nunca ocorreu nenhum" congresso como este no país, dada a "amplitude de participação e a cobertura de âmbito mundial".

Ainda assim, em 1987, a então Federação Internacional dos Editores de Jornais (que deu lugar à WAN-IFRA) reuniu-se em Lisboa, num encontro com uma menor escala organizado pelo Diário de Lisboa, publicação que funcionou entre 1921 e 1990.

João Palmeiro realçou que neste congresso "vai estar em foco a questão das notícias falsas, da desinformação, o papel das mulheres nas notícias ou nas redacções e também todas as questões que têm a ver com a saúde financeira e com a autonomia e independência dos pontos de vista do negócio das empresas jornalísticas, porque a maior parte dos participantes neste encontro são proprietários de jornais ou de outros media".

Além disso, e uma vez que se assinalam os 70 anos da WAN-IFRA e da declaração universal dos direitos do homem, a "consagração da liberdade de imprensa e de expressão" será outro dos temas abordados, acrescentou o responsável.

De acordo com João Palmeiro, este último tema está, desde logo, relacionado com os prémios que serão atribuídos no encontro e que se destinam a "jornalistas de países sem liberdade de imprensa e de expressão ou com atitudes de perseguição aos jornalistas".

Ao todo, são 673 participantes de 59 países, a maioria dos quais de Portugal, Estados Unidos da América, Reino Unido, Espanha, Alemanha e Rússia, de acordo com dados da API enviados à Lusa, que têm em conta as inscrições feitas até sexta-feira.

Ainda segundo os mesmos dados, 157 dos participantes são portugueses, desempenhando funções como a de presidente executivo, de presidente do Conselho de Administração, de director executivo, de director, de director editorial, entre outras.

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