Eleições presidenciais estão marcadas para 18 de janeiro.
Catarina Martins e Luís Marques Mendes foram os candidatos que protagonizaram esta sexta-feira o debate presidencial. As eleições estão marcadas para 18 de janeiro.
Catarina Martins e Marques Mendes em debateRTP
No debate começou-se por abordar a questão do pacote laboral proposto pelo Governo e, consequentemente, a greve geral que paralisou o País, esta quinta-feira. A candidata apoiada pelo BE considerou que o “Governo ficou numa posição impossível, um beco sem saída, nas mãos do Chega. A greve foi um enorme sucesso, na luta pelos direitos dos trabalhadores”.
Sobre o possível acordo com a UGT, após a ministra do Trabalho ter anunciado uma segunda reunião com a central sindical, Catarina Martins considerou ser “difícil” chegar a acordo porque o Governo apresentou uma proposta impossível e insultou os sindicatos”.
A eurodeputada aproveitou e questionou Marques Mendes sobre a sua posição referente ao anteprojeto que o Executivo de Luís Montenegro quer implementar.
“O importante agora, depois da greve, é o passo seguinte. Uma coisa é evidente: a situação está bloqueada, mas acredito num entendimento”, afirmou Luís Marques Mendes.
O candidato apoiado pela AD, deixou ainda um conselho: "Temos neste momento de pôr no lado da solução e não do problema". Sublinhou ainda que o "acordo devia ser mais amplo e não apenas um pacote laboral. Que tivesse salário, políticas de rendimentos".
Marques Mendes referiu que a greve geral espelha "a Democracia a acontecer" e apelou a que a lei laboral "fosse equilibrada". Questionado sobre o que mudava, o social-democrata frisou que um Presidente da República não se deve meter na negociação, ainda que deva apelar à que a mesma aconteça, "colocando-se ao lado da solução e não do problema".
Catarina Martins referiu ainda que o acordo está mais difícil e aproveitou para frisar que um "Presidente da República deve lançar os debates que podem resolver problemas". Para a bloquista, a economia do País deve conseguir responder ao problema dos baixos salários.
O social democrata disse que a probabilidade dele ser eleito é maior que a da adversária. O candidato a Belém aproveitou ainda para relembrar a distinção que Portugal recebeu esta semana “de economia do ano”, mas deixou um recado: “É preciso mais, não podemos ficar por aqui".
A bloquista, em resposta, defendeu que “o governo de 2015-2019 foi estável”. Atacou ainda as posições que Marcelo Rebelo de Sousa teve ao acionar a 'bomba atómica' ao demitir Governos, colando Marques Mendes a essa posição.
Para o candidato apoiado pela AD, os caminhos precisos para o País são a "estabilidade e ambição", frisando que "normalmente" quem perde "quando não há estabilidade são os mais frágeis". Marques Mendes não poupou no ataque a Catarina Martins afirmando que o Bloco de Esquerda "lançou em 2022 o País numa crise política quando não aprovou o Orçamento de Estado". O candidato apontou ainda que na sua opinião o chumbo do Orçamento “não é sinal para dissolução”. Marta Temido não foi esquecida, com Catarina Martins a defender que o SNS em 2022 devia ter tido um maior orçamento, justificando que por isso chumbou o Orçamento do Estado desse ano.
Ao longo do debate, Marques Mendes referiu mais do que uma vez que Catarina Martins "não tem melhor coração" que ele e que no que toca à defesa de uma imigração "mais humanista" e de um luta pelo aumento dos salários ambos estão de acordo.
"Seria uma irresponsabilidade continuar a ler o mundo com os olhos do passado" disse Catarina Martins, criticando Donald Trump e Putin, defendendo que a UE "tem de ter caminhos para a paz muito claros".
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São cada vez mais escassas as expectativas de progressão profissional com aumento de rendimentos e melhores condições de trabalho nas presentes condições do mercado laboral.
Estes movimentos, que enchem a boca com “direitos dos trabalhadores” e “luta contra a exploração”, nunca se lembram de mencionar que, nos regimes que idolatram, como Cuba e a Venezuela, fazer greve é tão permitido como fazer uma piada com o ditador de serviço.
Uns pais revoltavam-se porque a greve geral deixou os filhos sem aulas. Outros defendiam que a greve é um direito constitucional. Percebi que estávamos a debater um dos pilares mais sensíveis das democracias modernas: o conflito entre direitos fundamentais.