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Dos boys aos militantes-adeptos, a vitória do Chega como se fosse futebol

Alexandre R. Malhado
Alexandre R. Malhado 19 de maio de 2025 às 22:29

Enquanto Ventura elegeu os seus próprios assessores (um deles celebrou a morte de Odair Moniz), o partido moveu militantes-adeptos de cachecóis na mão, hostis a jornalistas e rivais políticos.

Os resultados eleitorais iam pingando. De telemóveis nas mãos, curvados e vidrados no ecrã, vários corpos dispersos pela sala Nova Iorque do Hotel Marriott, quartel-general do Chega para as legislativas do passado domingo, faziam refresh aositedo Ministério da Administração Interna. O objetivo é saber se alguém querido havia sido eleito. "Ahhhhh, já está!", berrou um grupo em torno de José Abecassis Dotti, líder da distrital de Santarém e recém-eleito pelo distrito, um dos primeiros círculos do Chega a eleger. A vestir um blazer detweedque sugeria origens de ganadaria ou propriedade de uma quinta no Ribatejo, Dotti ia em segundo na lista e será estreante.

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