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Deputados do PSD ouvem Rio e Santana nas jornadas parlamentares

30 de outubro de 2017 às 08:26
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Eleições directas estão marcadas para 13 de Janeiro.

Os deputados do PSD vão ouvir hoje as propostas dos dois candidatos anunciados à liderança do partido no primeiro dia das jornadas parlamentares, no Minho, onde se debaterá também o Orçamento do Estado e "O Portugal esquecido".

A presença dos dois candidatos até agora anunciados à presidência do PSD - Pedro Santana Lopes, às 18:00, e Rui Rio, às 19:00 - acontecerá no âmbito da reunião interna do grupo parlamentar, estando ainda por confirmar se as intervenções serão abertas à comunicação social.

Recusando qualquer "espectáculo mediático" à volta da presença dos dois candidatos, o líder parlamentar do PSD, Hugo Soares, salientou que o essencial será que os deputados possam ouvir o pensamento de Santana Lopes e Rui Rio sobre "os desafios que o país tem nos próximos dois anos até às eleições legislativas".

"Era a minha obrigação enquanto líder parlamentar poder proporcionar aos dois candidatos este espaço e esta abertura e, felizmente, os dois acolheram", justificou Hugo Soares, em declarações aos jornalistas, numa antecipação da reunião de dois dias dos deputados sociais-democratas.

Questionado sobre a disponibilidade para trabalhar com quem vencer as eleições directas de 13 de Janeiro, Hugo Soares respondeu: "Eu não tenho dúvida nenhuma de que o grupo parlamentar do PSD nos próximos dois anos estará concentradíssimo em fazer oposição a um Governo que tanto mal tem feito ao nosso país e a apresentar as melhores propostas para corresponder aos anseios das populações. É isso que faremos nos próximos dois anos, independentemente de quem seja o líder do PSD".

As jornadas vão decorrer até terça-feira sob o lema "Recuperar a Confiança", já que, segundo Hugo Soares, "aquilo que aconteceu nos últimos meses demonstrou que o país precisa de recuperar a sua confiança nas instituições e, sobretudo, no Governo".

Os trabalhos começam com uma visita às áreas ardidas no concelho de Monção (distrito de Viana do Castelo) nos incêndios que deflagraram em 15 de Outubro, que provocaram 45 mortos e cerca de 70 feridos.

Já no hotel de Braga onde irão concentrar-se as jornadas, a sessão de abertura está marcada para as 15:00, com intervenções do líder parlamentar do PSD, do presidente da Câmara Municipal de Braga, o social-democrata Ricardo Rio, e do presidente da distrital de Braga, José Manuel Fernandes.

Segue-se um debate sobre o Orçamento do Estado para 2018, que terá como oradores o professor universitário Joaquim Sarmento e o economista Pedro Braz Teixeira, que irão "contribuir para a reflexão interna que o grupo parlamentar vai fazer" sobre o documento e sobre futuras propostas que os sociais-democratas já se comprometeram a apresentar.

O primeiro dia das jornadas termina com um jantar-debate sobre "O estado da saúde", que terá como orador o antigo secretário de Estado adjunto do ministro da Saúde no XIX Governo PSD/CDS, Fernando Leal da Costa.

"A saúde hoje atravessa momentos de grande dificuldade, as listas de espera vão aumentando, a dívida aumenta exponencialmente", afirmou Hugo Soares, considerando que "a falta de paz" entre os profissionais do sector contribui também para que esta seja uma das áreas sociais "que mais tem sofrido com a governação do PS, PCP e BE".

Na terça-feira, o último painel das jornadas terá como tema "O Portugal esquecido", a cargo dos professores catedráticos António Fontainhas Fernandes e Francisco Carvalho Guerra.

"Nunca como antes este tema teve tanta actualidade: a questão da baixa densidade, a questão da interioridade e de como podemos fazer com que Portugal seja um país mais coeso e com menos desigualdades", justificou Hugo Soares.

O encerramento das jornadas parlamentares do PSD está marcado para as 12:30 de terça-feira e conta com nova intervenção do líder parlamentar Hugo Soares e com um discurso do presidente do partido, Pedro Passos Coelho.

Estas jornadas deverão ser as últimas em que Passos Coelho participa na qualidade de presidente do PSD, já que não se recandidata ao cargo que exerce desde 2010.

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