"Não se trata de confinamento, trata-se de relativa contenção", considerou Marcelo Rebelo de Sousa.
O Presidente da República fez hoje um apelo à autocontenção dos portugueses e à compreensão das medidas adotadas pelo Governo face à pandemia de covid-19, para que se proteja simultaneamente a saúde e a economia.
"Não se trata de confinamento, trata-se de relativa contenção", ressalvou Marcelo Rebelo de Sousa, que deixou esta mensagem na cerimónia de inauguração da nova sede da empresa Auchan Retail Portugal, em Paço de Arcos, no concelho de Oeiras.
Num discurso de quinze minutos, o chefe de Estado referiu que os especialistas aconselham "uma redução em termos de risco de convívio social" e apelou à "autocontenção, limitada que seja", dos portugueses em geral, de todas as idades, argumentando que "esse pequeno esforço de cada qual tem um valor imenso em termos comunitários".
Marcelo Rebelo de Sousa observou que, sobretudo aos mais jovens, "depois do confinamento absoluto, apetece o desconfinamento absoluto, é natural, pela idade", mas acrescentou que "não custa muito fazer um esforço".
O chefe de Estado alertou que "de nada serve disciplinar sanitariamente o funcionamento de escolas ou de estabelecimentos ou de instituições se não houver o mínimo cuidado no relacionamento social", desde logo, "à saída das portas das escolas e dos estabelecimentos".
Em declarações aos jornalistas no final desta cerimónia, a propósito das novas medidas hoje anunciadas pelo Governo para o controlo da covid-19, que se enquadram na situação de contingência em que todo o território continental entrará a partir de terça-feira, Marcelo Rebelo de Sousa disse esperar "a sua compreensão e aplicação pelos portugueses".
Segundo o Presidente da República, Portugal enfrenta "ao mesmo tempo" dois desafios, um "da vida e da saúde" e outro "da economia e da sociedade", sem poder descurar nenhum.
"Se falhar a frente da vida e da saúde, falha a frente da economia e da sociedade. Mas se falhar a frente da economia e da sociedade, não há como fazer vingar a frente da vida e da saúde", sustentou.
O Presidente da República pediu aos portugueses "que saibam encontrar o equilíbrio" entre estas duas frentes.
"Têm de acreditar na economia, têm de continuar a acreditar na vida social, na vida comunitária, não podem nunca perder a esperança e a confiança, qualquer que seja o número de casos de contaminados desse dia, dessa semana ou desse mês. Têm de continuar a trabalhar, têm de continuar a investir, têm de continuar a acreditar", defendeu.
A pandemia de covid-19, doença provocada por um novo coronavírus detetado em dezembro do ano passado no centro da China, atingiu 196 países e territórios.
Em Portugal, já morreram com esta doença 1.852 pessoas, num total 62.126 casos de infeção contabilizados até agora, de acordo com o boletim de hoje da Direção-Geral da Saúde.
Covid-19: Presidente da República apela à autocontenção dos portugueses
Publicamos para si, em três periodos distintos do dia, o melhor da atualidade nacional e internacional. Os artigos das Edições do Dia estão ordenados cronologicamente aqui ,
para que não perca nada do melhor que a SÁBADO prepara para si. Pode também navegar nas edições anteriores, do dia ou da semana. Boas leituras!
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
A escola é um espaço seguro, natural e cientificamente fundamentado para um diálogo sobre a sexualidade, a par de outros temas. E isto é especialmente essencial para milhares de jovens, para quem a escola é o sítio onde encontram a única oportunidade para abordarem múltiplos temas de forma construtiva.
O humor deve ser provocador, desafiar convenções e questionar poderes. É um pilar saudável da liberdade de expressão. Mas quando deixa de ser crítica legítima e se transforma num ataque reiterado e desproporcional, com efeitos concretos e duradouros na vida das pessoas, deixa de ser humor.
O poder não se mede em tanques ou mísseis: mede-se em espírito. A reflexão, com a assinatura do general Zaluzhny, tem uma conclusão tremenda: se a paz falhar, apenas aqueles que aprendem rápido sobreviverão. Nós, europeus aliados da Ucrânia, temos de nos apressar: só com um novo plano de mobilidade militar conseguiríamos responder em tempo eficaz a um cenário de uma confrontação direta com a Rússia.